Banca de DEFESA: GILMAR DOS SANTOS
15/02/2019 11:08
Dentre os processos não usuais de tratamento de efluentes pode-se citar a eletroflotação (EF) e a eletrocoagulação (EC), técnicas eletroquímicas que têm sido foco de uma série de pesquisas nas últimas décadas. Este trabalho objetiva analisar a performance destas técnicas quando aplicadas ao tratamento de efluentes gerados na produção de suco de goiaba, investigando-se quais os valores das condições operacionais a serem empregados de forma a se maximizar a eficiência na redução da demanda química de oxigênio (DQO). O tratamento do efluente foi feito empregando-se eletrodos de alumínio na EC e um cátodo de ferro e um ânodo de dióxido de titânio e dióxido de rutênio na EF. Aplicou-se o planejamento experimental Box-Behnken, variando-se o tempo de tratamento, o pH e a densidade de corrente. Utilizando-se o software Design Expert fez-se a otimização dos processos e gerou-se superfícies de resposta. Posteriormente, realizou-se uma série de ensaios nos quais a EC e a EF foram auxiliadas pela adição de sulfato de alumínio e, por fim, estimou-se e comparou-se os custos operacionais dos diferentes tratamentos utilizados no trabalho. O tratamento do efluente por EC resultou em eficiência máxima de 60% na redução da DQO e de redução de turbidez de 88%, com tempo de tratamento de 40 minutos, pH inicial de 4,5 e densidade de corrente de 3,5 mA/cm2. Já no caso da EF, a maior redução de DQO, a qual foi de 25%, foi obtida ao se tratar o efluente por 40 minutos, com pH inicial de 7,0 e aplicando-se uma densidade de corrente de 4,5 mA/cm2. A partir das superfícies de resposta geradas, verificou-se, para ambas as técnicas eletroquímicas aplicadas, a influência positiva do aumento do tempo para o tratamento do efluente. Por outro lado, o aumento do pH foi favorável no caso da EF e desfavorável no caso da EC. O sulfato de alumínio influenciou de forma positiva a EF, que apresentou um aumento de 34% na redução de DQO e de 22% da redução de turbidez ao se fazer uso de uma concentração de sulfato de alumínio de 1,5 g/L. A adição do coagulante químico também aumentou a condutividade do efluente, reduzindo de forma considerável a demanda elétrica e, consequentemente, o custo do processo. A estimativa de custo dos diferentes tratamentos eletroquímicos mostrou que a utilização da EF auxiliada por sulfato de alumínio seria uma alternativa com um custo 55% menor que o da EC.
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