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Notícias

Banca de DEFESA: JULIANA GOUVEIA GALVÃO
30/01/2019 11:39


Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JULIANA GOUVEIA GALVÃO
DATA: 22/02/2019
HORA: 08:30
LOCAL: Auditório do DFA
TÍTULO: Desenvolvimento de carreadores lipídicos nanoestruturados para o encapsulamento de carvacrol: uma formulação promissora para o tratamento de leishmanioses
PALAVRAS-CHAVES: lipídeos sólidos, monoterpeno fenólico, produtos naturais, leishmania, nanomedicina, tratamento intravenoso.
PÁGINAS: 121
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

A Leishmaniose é uma doença infecciosa negligenciada causada por protozoários do gênero Leishmania. O tratamento atual da leishmaniose tem custo elevado, causa efeitos adversos e é ineficaz para cepas de leishamnia resistentes. Sendo assim, moléculas derivadas de produtos naturais como o monoterpeno carvacrol, têm atraído interesse como promissores agentes anti-leishmania. Entretanto, o carvacrol tem seu uso terapêutico limitado pela sua baixa solubilidade aquosa facilidade de oxidação e volatilização. Dessa forma, o desenvolvimento de carreadores lipídicos nanoestruturados (CLNs) foi proposto no presente estudo como uma estratégia nanotecnológica promissora para contornar essas limitações e possibilitar seu uso na terapia de leishmanioses. Para isso, primeiramente foi avaliada a influência do carvacrol na matriz lipídica a partir da caracterização por Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC), Termogravimetria (TG), Espalhamento de raios X a baixo ângulo (SAXS) e Microscopia de luz polarizada (MLP). Os CLNs inertes e contendo carvacrol foram preparados através do método de microemulsão a quente e avaliados quanto à influência da matriz lipídica e concentração dos componentes na sua formação. Os CLNs ainda foram caracterizadas por DSC e DRX. Também foi avaliada a cinética de liberação do carvacrol a partir dos CLNs, a citotoxicidade, a viabilidade sobre formas promastigotas, e o perfil farmacocinético do carvacrol livre e encapsulado. Através da avaliação da influência do carvacrol na matriz lipídica foi possível sugerir que o carvacrol também pode atuar como lipídeo líquido dos CLNs, pois foi observado nas análises de TG, DSC, SAXS e MLP que as matrizes lipídicas se tornaram menos estruturadas ao adicionar concentrações crescentes de carvacrol. Através da análise de DSC também demonstrou que o carvacrol foi miscível nos lipídeos sólidos e na faixa de concentração testados. Os CLNs inertes e contendo carvacrol foram obtidos com sucesso através do método de diluição de microemulsão a quente sendo que os CLNs contendo carvacrol que apresentaram menor diâmetro médio (98,42 ± 0,80 nm) e estreita distribuição de tamanho (adequadas para administração intravenosa) e maior eficiência de encapsulação, foram aqueles preparados com cera de abelha (EHL=9) e concentração de 5% de lipídeos e tensoativo. A diminuição nos valores de entalpia e deslocamento do pico de fusão para menores temperaturas no DSC e uma diminuição de intensidade dos picos principais de difração no DRX dos CLNs em comparação com o lipídeo sólidoe tensoativo, indicam a formação de uma desordem na estrutura lipídica, característica da formação dos CLNs. O perfil de liberação do carvacrol a partir dos CLNs foi ajustado ao modelo de Korsmeyer e Peppas, e Weibull e demonstrou que o mecanismo de liberação é possivelmente do tipo difusão Fickiana. Além disso, o encapsulamento do carvacrol em CLNs proporcionou uma menor citotoxicidade em relação ao carvacrol livre (p < 0,05). Entretanto a encapsulação do carvacrol em CLNs não modificou a viabilidade sobre formas promastigotas do parasita. Por fim, o perfil farmacocinético in vivo do carvacrol após administração IV em bolus sugere que este monoterpeno fenólico passa por circulação enterohepática e por isso apresentou um longo tempo de meia-vida de eliminação (t1/2) de 51,07 ± 2,80 h e baixo valor de clearance (Cl) de 0,057 ± 0,003 L/h. Também foi possível observar que a C0, o t1/2 , tempo de residência médio (MRT) e volume de distribuição do carvacrol encapsulado foram maiores do que o carvacrol livre (p < 0,05), o que favorece uma maior distribuição do carvacrol nos tecidos alvo. Sendo assim é possível concluir que os CLNs desenvolvidos são um promissor sistema de liberação do carvacrol para o tratamento de leishmanioses.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2445308 - ADRIANO ANTUNES DE SOUZA ARAUJO
Interno - 032.657.764-50 - JOSÉ GUEDES DE SENA FILHO
Presidente - 2337777 - ROGERIA DE SOUZA NUNES
Externo à Instituição - SILVIA STANISÇUASKI GUTERRES
Externo ao Programa - 1647105 - WAGNER WELBER ARRAIS DA SILVA

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