Banca de QUALIFICAÇÃO: ADRIANA ALVES DE SANTANA SANTOS
30/01/2019 11:36
O presente trabalho se ocupará de fazer uma relação entre a produção escrita e oral de alunos de 8° ano do Ensino Fundamental, do turno vespertino, da Escola Municipal Profª Adília de Aguiar Leite, localizada no município de Carmópolis/SE, no que concerne a realização de formas verbais de 3ª pessoa do presente do indicativo. Investigaremos a recorrência da natureza das omissões na flexão verbal dessa produção escrita e como se dá a realização ou a não realização dos segmentos correlatos na fala. Trataremos especificamente, na escrita, de omissões de consoantes nasais em flexão de verbo na terceira pessoa do plural do presente do indicativo e suas correlações com apagamento de ditongos fonéticos ou de traço de nasal na produção oral desses estudantes. Objetivamos, com este trabalho, coletar dados para analisar e descrever como se dá a marcação do plural dos verbos da terceira pessoa e investigar até que ponto a oralidade pode estar influenciando a produção escrita dos alunos. Pretende-se discutir as descrições fonéticas possíveis e as prováveis representações fonológicas para esses contextos em análise. Também é objetivo deste trabalho fazer com que os professores despertem para a importância de refletirem sobre a consciência fonética/fonológica atrelada à escrita, e, consequentemente, motivar o desenvolvimento de atividades que façam os alunos perceber as congruências e as incongruências entre a fala o sistema notacional que é a escrita. O uso variável na marcação da concordância entre sujeito e verbo de terceira pessoa do plural no Português Brasileiro (PB) é um fenômeno que pretendemos analisar sob a perspectiva da fonética e da fonologia, sem perder de vista que tais investigações fazem interface obrigatoriamente com a sintaxe e a morfologia. Para subsidiar nosso trabalho, buscaremos respaldo nos pressupostos teóricos de Cagliari (2002) sobre a interface entre Fonética/Fonologia e Morfologia, Cristófaro-Silva et al. (2012), Battisti (2000) e Schwindt (2015) sobre a redução do ditongo em posição átona e a possível alteração da flexão verbal, como também, outros autores que refletem sobre as nasais e a importância da consciência fonológica na aquisição da escrita. A partir da análise parcial que foi feita podemos dizer, até o presente momento, que essa escrita sofre influência da oralidade, pois o texto escrito contém muitas características da fala e, portanto, os alunos se utilizam das palavras que fazem parte do seu léxico e as grafam do mesmo jeito que as produzem na fala, sem conscientização e monitoramento que deve ser feito nas diferentes situações, a depender do grau de formalidade e dos interlocutores. Sendo assim, reconhecemos a necessidade de uma proposta de ensino que dê oportunidades do professor conhecer alguns fenômenos presentes na fala do aluno e a possível influência na escrita, como também, a conscientização do aluno sobre os diversos gêneros textuais e a sua adequação nas duas modalidades da Língua, seja a falada ou escrita e aos diversos momentos de práticas linguísticas.
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