Banca de DEFESA: VIRGINIA CAROLINY SILVA ALEXANDRE
18/01/2019 13:37
Este trabalho procura estudar o processo de participação na saúde pública brasileira, através de uma perspectiva etnográfica. Acompanhamos os processos de participação nos Conselhos de Saúde locais de Aracaju e nas Conferências Municipal e Estadual. A pesquisa de campo foi realizada mais intensamente durante o ano de 2015, considerado este, “o ano das Conferências”. A participação está diretamente relacionada ao contexto histórico da democracia. De acordo com diversos autores citados neste trabalho, o Sistema Único de Saúde continua sendo público, devido ao processo de participação. Nesta pesquisa, trabalhamos sob a ótica de dois tipos de participação: uma, que é a participação institucionalizada e regulamentada através dos Conselhos e Conferências; e outra, que é caracterizada como um tipo de participação germinada cotidianamente, tendo como engrenagem, os mesmos interesses e necessidades que envolvem as pessoas a buscarem maneiras de participar e driblar às formas institucionalizadas já existentes. Esta segunda forma de participação é mais possível principalmente no nível de atendimento primário, no qual o sistema de saúde supostamente deve estar relacionado à comunidade local e seu meio ambiente. É nesta forma de participação que encontramos as mulheres, em sua maioria, interligadas às práticas de cuidado à saúde que ultrapassam seu ambiente doméstico. De certa maneira, ambas as formas de participação dependem uma da outra. Vemos que os espaços destinados para a participação são os espaços onde menos acontece. Ela acontece muito antes e mais efetivamente articulada no cotidiano dos usuários dos serviços de saúde do que quando administrada pela gestão.
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