Banca de DEFESA: ARTHUR IVES NUNES DA MOTA LIMA
17/01/2019 09:16
O processo de “tornar-se desembargador” do Tribunal de Justiça de um Estado pode ser entendido como um elemento de consagração profissional refletido em si mesmo, haja vista que evidencia a ascensão de um indivíduo a um cargo máximo dentro de uma hierarquia profissional. Contudo, a formas de operacionalização dessa ascensão não são uniformes, pelo contrário, podem denotar a mobilização de recursos e habilidades que não se restringem à esfera profissional e que podem variar em termos de importância ao longo do tempo. É exatamente nesse contexto em que se edifica a problemática central dessa dissertação, ou seja, a ideia é tentar compreender como se opera o processo de “tornar-se” desembargador do Tribunal de Justiça de Sergipe, tendo para tal o foco nos recursos sociais que viabilizam essa movimentação. Nesse sentido, o objetivo principal é o de examinar os padrões de recrutamento dessa elite profissional, o que implica na evidenciação dos recursos sociais que são mais mobilizados pelos indivíduos para o alcance do referido cargo ao longo do tempo. De maneira ampla, empreender um debate dessa natureza permite tomar como pano de fundo a questão da composição estrutural do “poder”, entendendo nisso os aspectos referentes a hierarquização e legitimação social, bem como as modalidades e estratégias de ação dos grupos dirigentes que disputam entre si nas mais variadas esferas sociais na tentativa de galgar posições de grande prestígio. Enfim, trata-se aqui do viés de análise que põe uma elite profissional (os desembargadores) enquanto objeto central de estudo e que busca extrair dela os elementos mais substanciais para compreender como se processam suas dinâmicas e disputas, atentando sempre às interconexões das esferas política e profissional que se permutam nesse espectro.
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