Banca de DEFESA: IVO ARCARO DE SOUSA
05/12/2018 16:19
O processo de globalização exige das empresas inovações nos seus sistemas e produtos, atualizando continuamente os seus métodos de trabalho ao conciliar as práticas tradicionais com a implementação de novas metodologias e ferramentas, além de aliar suas atividades aos interesses ambientais e sociais. Com esta perspectiva, a presente dissertação aborda questões relativas à gestão ambiental das empresas da construção civil e a salubridade dos trabalhadores objetivando avaliar as condições oferecidas pelo setor da construção civil ao proporcionar uma ambiência salubre para os trabalhadores na etapa de pintura da edificação e as práticas de gestão ambiental. Para tanto, foram analisadas cinco empresas do ramo da construção civil nas quais foram aplicados questionários para os trabalhadores e gestores das empresas, bem como preenchimento de fichas de observação que captou informações por meio de visitas do pesquisador aos canteiros das obras, além de registros fotográficos que comprovam a veracidade das informações dispostas. Fez-se necessária uma breve caracterização do setor da construção civil no que diz respeito à sua evolução legal e estrutura organizacional atual e à política interna, enaltecendo fatores que podem potencializar situações adversas neste setor da economia de modo a influenciar nos aspectos salubres dos canteiros de obras. Desta forma, expõe-se o interesse crescente na sensibilização da implementação do sistema de gestão ambiental que responda a essa temática, por parte das empresas de construção, introduzindo noções relativas a essa problemática, mencionando os benefícios implícitos na sua adoção. Por meio da aplicação dos instrumentos desta pesquisa nos canteiros de obras pode-se verificar a inexistência da prática do uso dos EPI’s no desenvolvimento das atividades de pintura em razão da falta de organização nos locais de trabalho e de armazenamento de materiais; falta de sinalização que explicite informações necessárias aos usuários internos e externos; desconhecimento de documentos legais por parte dos trabalhadores; falta de fiscalização pelos gestores e órgãos responsáveis que poderiam identificar as situações adversas; falta de um sistema de gestão que contemple os resíduos da construção e sua disposição no meio ambiente. Neste sentido, as empresas analisadas, mesmo aquelas que atenderam a alguns requisitos das normas ativas, existem falhas no sistema construtivo de caráter operacional ou gerencial, que podem ser evitadas, ou futuramente melhoradas, por meio do planejamento das atividades e do fluxo de materiais e equipamentos, disposição e clareza nas instruções dos processos construtivos, além do exercício da fiscalização pelos órgãos responsáveis e pelos gestores, visando uma melhoria na qualidade ambiental dos espaços laborais e na salubridade dos trabalhadores.
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