Banca de QUALIFICAÇÃO: YVANNA LOUISE DI CHRISTINE OLIVEIRA DOS SANTOS
23/11/2018 08:37
Mais de um bilhão de pessoas no mundo estão infectadas com algum enteroparasito. A estratégia de desparasitação em massa de escolares como forma de controle da transmissão dos helmintos tem sido defendida pela Organização Mundial de Saúde e foi adotada pelo Ministério da Saúde do Brasil. Com o objetivo de avaliar o impacto da desparasitação em massa por meio da administração de quimioterapia profilática a escolares foram avaliadas amostras fecais de 476 estudantes de uma comunidade carente de Aracaju, Sergipe, Brasil, pelo método de sedimentação por centrifugação (método de Ritchie) nos biênios 2010/2011 e 2017/2018. Durante os anos analisados foi observado um aumento gradual dos índices de infecção (48,0%, 42,2%, 75,4% e 78,0%). Após um período de cinco anos de desparasitação houve uma redução superior a 50% na prevalência de geohelmintos. No entanto, houve um aumento na prevalência dos protozoários intestinais, com destaque para Entamoeba histolytica/E.dispar e Blastocystis hominis que não apareceram no primeiro biênio e estiveram presentes em 36% e 40,1% dos escolares avaliados, respectivamente. Este resultado destaca a importância de reavaliar cuidadosamente o impacto da desparasitação em massa sem contrapartida do investimento em saneamento na saúde pública, principalmente porque pouco se sabe sobre os impactos a longo prazo das mudanças no perfil epidemiológico em áreas endêmicas para helmintos e protozoários intestinais.
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