Banca de QUALIFICAÇÃO: RAIANNE PEREIRA DE OLIVEIRA
07/11/2018 10:03
A presente pesquisa tem como objetivo compreender o processo de construção e formalização da memória cultural sergipana a partir do trabalho desenvolvido pelo Departamento de Cultura e Patrimônio Histórico (DCPH), política pública estadual de preservação atuante em Sergipe no contexto da ditadura civil-militar. O recorte temporal delimitado neste estudo (1970-1975), refere-se ao período em que o órgão permaneceu ativo. Apesar de efêmero, o DCPH deixou uma marca significativa, revelando-se essencial à oxigenação da cultura local e a produção do conhecimento histórico, por possibilitar a construção de uma nova fase para a historiografia sergipana. Após 1964, o governo autointitulado “revolucionário” passou a investir sobremaneira no campo das políticas culturais voltando sua atenção à ampliação do sistema de proteção do “Patrimônio Histórico e Artístico Nacional”. É por meio da descentralização das ações de preservação, antes concentradas em torno da União, que surge esse órgão em Sergipe. O compartilhamento da responsabilidade histórica com os estados, firmado legalmente através do “Compromisso de Brasília” (1970), além de valorizar cultural e economicamente a região, tinha como objetivo aproximar o público das representações e símbolos da nacionalidade, ou seja, de despertar a sociedade para o civismo. Buscando entender as particularidades que envolvem a trajetória dessa iniciativa pública em Sergipe (os fatores condicionantes, agentes sociais envolvidos, diretrizes, ações e desafios), esta pesquisa utiliza como referência estudos relativos à construção da memória e do patrimônio contemporaneidade e apoia-se na análise de documentos oficiais, fotografias, jornais da época, bem como na metodologia da história oral.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19032-7126ccb4cf