UFS › SIGAA - Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas São Cristóvão, 29 de Março de 2024

A UFS preocupa-se com a sua privacidade

A UFS poderá coletar informações básicas sobre a(s) visita(s) realizada(s) para aprimorar a experiência de navegação dos visitantes deste site, segundo o que estabelece a Política de Privacidade de Dados Pessoais. Ao utilizar este site, você concorda com a coleta e tratamento de seus dados pessoais por meio de formulários e cookies.

Ciente


Notícias

Banca de DEFESA: ELINE ALMEIDA SANTOS
17/08/2018 08:44


Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELINE ALMEIDA SANTOS
DATA: 22/08/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do PPGEO - Did 2 - 1 andar
TÍTULO: MULHERES PESCADORAS-MULHERES MANGABEIRAS: O DESVELAR DAS TERRITORIALIDADES DAS EXTRATIVISTAS EM INDIAROBA/SE
PALAVRAS-CHAVES: Extrativismo; Gênero; Populações Tradicionais; Territorialidades; Indicadores de resiliência
PÁGINAS: 275
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Geociências
SUBÁREA: Geografia Física
ESPECIALIDADE: Geoecologia
RESUMO:

As populações tradicionais de Sergipe enfrentam problemas socioeconômicos, ambientais e culturais, reflexo da intensa exploração dos recursos naturais, monocultura, especulação imobiliária, desmatamento de campos nativos e cercamento de terras. Envoltas nesse cenário, as mulheres extrativistas testemunham o esfacelamento da atividade e do seu modo de vida. Em Indiaroba, recorte espacial da pesquisa, o extrativismo da mangaba (Hancornia speciosa Gomes), praticado predominantemente por mulher, e a pesca constituem como atividades relevantes para as famílias, uma vez que se manifestam como principais fontes de renda. O estudo em tela apresenta como objetivo central analisar a apropriação biogeográfica dos recursos ambientais a partir do trabalho feminino, destacando o processo de organização das mulheres, formas de resistências e representatividade nas decisões em defesa dos direitos e fortalecimento do grupo social. Território, paisagem e gênero aparecem como categorias norteadoras e fundantes da investigação, em razão de propiciar a compreensão do espaço a partir das relações de poder estabelecidas na apropriação dos recursos ambientais na área de estudo. A abordagem sistêmica e a complexidade entrelaçam a base científica do estudo em evidência, estando tecida a partir da resiliência das comunidades e dos sistemas socioecológicos com a aplicação da metodologia de Indicadores de Resiliência em SEPLS. Os procedimentos metodológicos englobaram observação, registro fotográfico, entrevistas e oficinas de mapeamento participativo e de pontuação dos indicadores. A relevância do estudo da espacialidade de gênero numa perspectiva geográfica está na análise e compreensão da estruturação do trabalho de homens e mulheres nas atividades de base artesanal; da organização social, política e econômica das mulheres; das resistências e dos conflitos diante da concepção de que os recursos ambientais estão se tornando escassos. Além de ressaltar grupos que são excluídos do discurso geográfico. As pescadoras-catadoras de mangaba são as mais afetadas com as transformações locais, posto que devido o processo de degradação do sistema estuário-manguezal, o desmatamento das áreas de restinga e os cercamentos de antigos portos tiveram o aumento das distâncias e do tempo para o acesso aos recursos, prejudicando os rendimentos e diminuindo a produtividade. Além disso, enfrentam as desigualdades assinaladas pela hierarquização de gênero que baseia-se na diferenciação biológica, definindo para as mulheres o espaço privado, da reprodução e aos homens espaço público, da produção. A divisão sexual do trabalho no extrativismo contribue para que as mulheres não ocupem os espaços de poder (o rio/mar, a colônia e associações), para a desvalorização financeira do seu trabalho e para que a sua atuação no setor seja negada. O estuário aparece como espaço interdito, pois a identidade da pesca é masculina. Porém, as pescadoras-marisqueiras mostram que desenvolvem a atividade, dado que ela possui múltiplas facetas e uma delas é feminina. Já o manguezal e a restinga são os espaços da emancipação feminina, pois dominam todas as etapas da atividade desde a coleta até a comercialização. O acesso as áreas de extração tem sido uma das principais reivindicações desse grupo, uma vez que o não contato com os elementos que forjam a sua identidade pode levar a expropriação do seu modo de vida. No processo de fazer e desfazer-se, as extrativistas investigadas, se afirmam no território como pescadoras-mangabeiras, se fortalecem e disputam o poder que lhes é negado.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2844611 - ANÉZIA MARIA FONSÊCA BARBOSA
Externo à Instituição - FELIPPE PESSOA DE MELO
Interno - 3185055 - GICÉLIA MENDES DA SILVA
Externo à Instituição - MARIA DO ROSÁRIO DE FÁTIMA ANDRADE LEITÃO
Presidente - 279481 - ROSEMERI MELO E SOUZA

SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19032-7126ccb4cf