Banca de DEFESA: THAIS VAZ SAMPAIO DE ALMEIDA
08/08/2018 08:14
Os remanescentes ósseos humanos sempre suscitaram um grande interesse da comunidade acadêmica e da comunidade em geral, sobretudo pela possibilidade de acesso às informações inerentes às populações já extintas. Tais informações trazem grande enriquecimento para diversas áreas do conhecimento, com destaque para a Arqueologia, uma vez que permitem o estudo sistemático acerca dos fatores biológicos, sociais, culturais, dentre outros aspectos destes grupos humanos. Entretanto, em sua maioria, este tipo de vestígio é encarado ainda como mero objeto a serviço da ciência. Esta dissertação busca explorar esta temática, apresentando reflexões de cunho ético no proceder com coleções osteológicas de origem arqueológica e traz nossas atenções ao estudo de caso proposto: a coleção de sepultamentos do Museu de Arqueologia de Xingó, em Canindé de São Francisco, SE. Além da análise ética que permeia o tratamento destes vestígios, propomos uma nova abordagem para uma amostra desta coleção, composta de 90 indivíduos sepultados e que estavam sob a guarda do Laboratório de Bioarqueologia da Universidade Federal de Sergipe, em Laranjeiras. Sempre buscando suscitar o respeito pelos indivíduos trabalhados e balizado pelas noções de conservação e documentação inerentes à área da Museologia, o trabalho lança novos olhares para as condições destes acervos e propõe uma interdisciplinaridade entre esta e a Arqueologia. Tal interação trará grandes benefícios no que tange o respeito à memória dos grupos humanos, ao passo que contribuirá para a sedimentação das reflexões acerca das noções de pertencimento para com estes indivíduos, contribuindo para os delineamentos legais da temática.
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