Banca de DEFESA: RENATA EVANGELISTA STRAPPA
23/07/2018 11:36
A deposição de parafina é um problema desafiador para a indústria de extração de petróleo. Nas condições de temperatura e pressão do reservatório, a parafina está presente no óleo na forma dissolvida, no entanto, no estágio de extração, exploração e produção de petróleo, esta perde a condição de equilíbrio termodinâmico e começa a cristalizar-se, formando aglomerados ao longo do fluxo de óleo. Alguns estudos foram e estão sendo desenvolvidos para testar métodos úteis para evitar a formação de cera em oleodutos e, para isso, é necessário conhecer o comportamento termodinâmico da cristalização da parafina, que permite, através do uso de modelos cinéticos, conhecer os mecanismos de nucleação e taxa de crescimento dos cristais, assim como a temperatura inicial de precipitação de parafina (TIAC). O presente trabalho analisou a cinética de cristalização de parafina e a TIAC em óleo pesado na presença do líquido da castanha de caju (Cashew Nut Shell Liquid), denominado neste estudo de LCC, pelo modelo termodinâmico de cinética de cristalização Ozawa e a TIAC e a energia de ativação de nucleação da parafina, presente na amostra de óleo pesado em estudo, por medida reológica, por meio da equação de Arrhenius. Os resultados obtidos mostraram que o modelo de Ozawa foi eficiente na avaliação da cinética de cristalização não isotérmica da parafina em óleo pesado, e o valor da TIAC obtido concordou com o valor obtido por medidas reológicas, 41 1ºC. A adição do LCC não promoveu redução no valor da TIAC, contudo reduziu a energia de ativação de 679,03 J/mol para 494,07 J/mol, na presença de 60 ppm do LCC, que pode ser atribuída a uma maior dispersão dos precipitados, por solvatação, o que contribui para melhorar as condições de escoamento do óleo, o que favorece a garantia de escoamento do óleo pesado.
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