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Banca de DEFESA: ALINE NASCIMENTO SANTOS CORREIA
15/06/2018 12:55


Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALINE NASCIMENTO SANTOS CORREIA
DATA: 13/07/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Aulas do PROSS
TÍTULO: Determinantes do silenciamento da questão étnico-racial no Serviço Social brasileiro
PALAVRAS-CHAVES: Serviço Social; Questão étnico-racial; Determinações; Silenciamento.
PÁGINAS: 135
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Serviço Social
RESUMO:

O trabalho teve como objetivo analisar as principais determinações que contribuíram/contribuem para silenciar a questão étnico-racial no Serviço Social brasileiro. Coerente com o objeto de estudo, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, do tipo exploratória, consubstanciada no materialismo histórico dialético. Trata-se de uma análise qualitativa que percorre a história da profissão para identificar as determinações que fizeram silenciar a questão étnico-racial. Desse modo, a pesquisa foi realizada em livros, teses, dissertações e artigos. Perseguindo o objetivo proposto, o trabalho parte da gênese e consolidação do Serviço Social no Brasil, discute os avanços e limites do processo de renovação da profissão para, finalmente, discutir o silenciamento da questão étnico-racial como uma expressão do racismo estrutural. Os resultados demonstram que as determinações estão associadas à profissionalização conservadora do Serviço Social cujas atribuições voltaram-se exclusivamente para o atendimento das respostas do Estado à questão social no marco da cidadania regulada. Esse fato implicou o distanciamento da profissão dos segmentos da classe trabalhadora que vegetavam na informalidade ou no exército de reserva. Por esse motivo, o/a trabalhador/a negro/a, que estava majoritariamente fora da cidadania regulada, também permaneceu, em sua maioria, distante das políticas sociais e das ações e reflexões do Serviço Social. As determinações do processo de renovação do Serviço Social vinculam-se a uma ruptura de base conservadora. A ruptura com o tradicionalismo profissional foi conformada com “inclusão” de uma teoria social crítica de tradição marxista expressa no currículo mínimo de 1982 e no amadurecimento teórico notabilizado com a revisão curricular de 1996. Embora esses processos sinalizem avanços para a profissão, a apropriação teórica do marxismo pelo Serviço Social não permitiu uma leitura da realidade brasileira alicerçada em aspectos fundamentais da formação sócio-histórica que permitisse compreender, no âmbito da classe trabalhadora do Brasil, um segmento majoritário que, em decorrência dos processos implementados pela burguesia na constituição do capitalismo brasileiro, ficou à margem do trabalho formal aprofundando a conformação da questão social no país. A principal implicação dessa determinação é o silenciamento em relação aos/às trabalhadores/as negros/as, suas condições de trabalho e de vida, suas lutas e enfrentamentos no contexto brasileiro e, fundamentalmente, o silenciamento em relação ao fato de que é essa a parcela majoritária da classe trabalhadora que se destaca nas principais expressões da questão social brasileira e,por essa razão,é a principal usuária dos serviços nos quais os/as assistentes sociais desenvolvem as suas atividades profissionais. Por fim, a persistência do silenciamento do debate da questão étnico- racial na profissão está, além de todas as determinações evidenciadas na trajetória do Serviço Social, intrinsecamente associada ao racismo estrutural e à mitologia da sua inexistência nas relações sociais contemporâneas.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 8405036 - MARIA DA CONCEICAO VASCONCELOS GONCALVES
Externo à Instituição - Magali Silva Almeida
Presidente - 3238288 - TEREZA CRISTINA SANTOS MARTINS
Interno - 1702454 - VERA NUBIA SANTOS

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