Banca de DEFESA: GEISA CARLA DE BRITO BEZERRA LIMA
30/05/2018 22:14
Introdução: O diabetes mellitus (DM) é uma condição crônica associada a altas taxas de morbimortalidade. As políticas públicas de saúde incentivam estratégias que incluam ações de prevenção e promoção da saúde para indivíduos com DM com o intuito de gerar mudanças positivas no perfil epidemiológico. Nesse sentido, o uso do Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC), proposto para o Sistema Único de Saúde, vem ao encontro por definir níveis de intervenções e apresentar ferramentas metodológicas apropriadas, assim como abordagens que direcionam e organizam a assistência à saúde. Objetivo: Avaliar as intervenções desenvolvidas por médicos e enfermeiros da Estratégia Saúde da Família (ESF) aos indivíduos com DM de acordo com o MACC. Método: Estudo descritivo, exploratório, analítico, de abordagem transversal, realizado com profissionais médicos e enfermeiros da ESF do município de Aracaju, estado de Sergipe. A amostra foi composta por 138 profissionais. Foi utilizado um questionário estruturado contendo 40 itens pertinentes ao constructo do MACC. Resultados: A maioria dos profissionais referiu não conhecer o MACC, não utilizar ferramenta de abordagem familiar, fortalecer o autocuidado apoiado, não realizar o plano de autocuidado, utilizar a metodologia dos 5 “AS”, existir equilíbrio entre demanda espontânea e programada, trabalhar numa dinâmica multiprofissional, realizar atenção compartilhada a grupo, utilizar o modelo de coordenação do cuidado, operar de forma coordenada a relação entre ESF e Atenção Ambulatorial Especializada (AAE), realizar o acompanhamento simultâneo ESF e AAE e desenvolver atividades de educação em saúde, sendo os temas mais referidos: alimentação saudável e exercício físico. Com relação ao uso de abordagens para mudança de comportamento dos usuários, a mais utilizada foi a entrevista motivacional. Conclusão: A prática de educação em saúde para os indivíduos com DM é desenvolvida, enquanto o uso de dispositivos metodológicos para mudanças de comportamento ainda é subutilizado, sobretudo o grupo operativo. A prática clínica no atendimento aos indivíduos com DM não se orienta na perspectiva do MACC, coexistindo conflito com a base teórica.
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