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Banca de DEFESA: DAISY MARA MOREIRA DE OLIVEIRA
26/03/2012 10:27


Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DAISY MARA MOREIRA DE OLIVEIRA
DATA: 04/04/2012
HORA: 09:00
LOCAL: AUDITÓRIO DA PÓS-GRADUAÇÃO
TÍTULO:

Os Surdos de Aracaju: observação do discurso cultural e identidade dentro do contexto social ouvinte.


PALAVRAS-CHAVES:

Surdos, Cultura e Identidade


PÁGINAS: 108
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

Este trabalho trata-se de uma pesquisa de campo com os surdos de Aracaju, partindo da observação do discurso dos líderes da capital, onde surgem exaustivamente dois termos que são amplamente discutidos na antropologia, quer sejam, cultura e identidade. Diante disto, levantamos as seguintes questões norteadoras: qual a origem deste discurso comum produzido nos círculos sociais dos surdos sergipanos? Qual o lugar e o sentido que a língua de sinais ocupa no que denominam "cultura e identidade surda"?. Uma vez que se constatou que este discurso provinha de um âmbito maior, propomos o seguinte objetivo: à luz da antropologia observar os surdos de Aracaju a fim de averiguar como estes vêm aderindo ao discurso cultural e identitário de âmbito nacional e vêm se posicionando frente à sociedade envolvente. Assim, no primeiro capítulo, procuramos averiguar como surgiu a utilização dos dois termos na trajetória desta minoria, nos apropriando da historiografia por entendermos que muitas imagens são esculpidas através da literatura e por isso podem se perpetuar até mesmo fora das fronteiras nacionais. Utilizamos da interdisciplinaridade com autores de áreas afins, tanto surdo como ouvinte, que vêm reproduzindo na literatura um retrato do surdo. No segundo capítulo procuramos identificar como os termos cultura e identidade são abordados por antropologos e se eram ou não utilizados de forma adequada pela comunidade pesquisada. E no terceiro capítulo, utilizando da etnografia, procuramos registrar os movimentos, espaços de encontro e as práticas sociais desse sujeito, onde se averiguou o destaque dado a língua de sinais como maior marca identitária. O que podemos concluir desta pesquisa é que, devido ao tratamento estereotipado desse indivíduo no percurso histórico foi projetada, socialmente falando, uma imagem de incapaz. E que este sujeito, não aceitando os rótulos dados, irmanaram-se em prol da reversão desta imagem. Assim criaram vínculos, reproduziram termos que os distinguiam da sociedade ouvinte, e através do atributo linguístico distinto demonstraram sua marca identitária. Entendemos também que além da distinção linguística, os surdos possuem elementos culturais diferentes de nós ouvintes, como a forma de nomear seus indivíduos. E que pela própria condição de incomunicabilidade, quando nascem em família que não utilizam a Libras, perdem muito do que se é transmitido pela via oral, ou seja, há um prejuízo de transmissão cultural do grupo no qual está inserido. Mas, uma vez juntos aos seus pares há uma identificação e fortalecimento. Poderiamos dizer que os surdos não têm uma cultura e identidade, mas culturas e identidades.  


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1354855 - HIPPOLYTE BRICE SOGBOSSI
Interno - 2512859 - FRANK NILTON MARCON
Externo ao Programa - 2205727 - VERONICA DOS REIS MARIANO SOUZA

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