Banca de DEFESA: THIAGO BORGES DE SANTANA
28/03/2018 10:06
A expansão do império macedônico, sob a égide de Alexandre o Grande, impulsionou a adesão de dimensões culturais helênicas pelo mundo Ocidental e Médio-Oriental em um processo de circularidade cultural denominado de helenização. Contudo, houve contestações a dominação cultural helenística. Desse modo, esta pesquisa investigou a oposição ao epicurismo constatada no livro veterotestamentário Daniel, o qual é resultante de uma experiência sócio-religiosa e colocou em evidência o princípio de fidelidade a Javé. O apocalipse daniélico apresenta uma concepção de que a divindade monoteísta judaica interfere na história de modo definitivo, pois no final dos tempos julgará todos os infiéis (Dn 7, 13-14). Esta percepção se opõe sobremaneira ao pensamento de uma escola filosófica do período helenístico, a epicurista. Tal sistema filosófico veiculava que os deuses eram ataráxicos, bem aventurados, imperturbáveis, incompatível com qualquer sentimento humano. Então, a partir de uma abordagem cultural do fenômeno religioso investigou-se, se o livro de Daniel, redigido em uma linguagem apocalíptica, apresenta uma proposta de modo de vida sócio-religiosa fazendo uma contra argumentação a doutrina epicurista ao mesmo tempo em que fomentava a manutenção de uma identidade judaica ligada a divindade Javé no II séc. a.E.C.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19032-7126ccb4cf