Banca de QUALIFICAÇÃO: ALYSON FERNANDO ALVES RIBEIRO
09/02/2018 17:36
O presente texto de qualificação de tese de doutorado tem por objetivo analisar a terra-mercadoria como expressão da subsistência da modernidade. A hipótese elencada nesta tese estrutura-se na argumentação da persistência do parâmetro filosófico da modernidade mediante uma materialidade geográfica, na qual a (re)produção da terra-mercadoria, é a condição-meio-produto fundante da relação capital-espaço. A mercadoria é a gênese fenomênica do capital. A dinâmica do capital é subjugar tudo ao processo de mercantilização. O espaço na modernidade assume a função de mercadoria, o que representa um momento histórico em que a expansão da lógica do modo de produção capitalista expande-se sobre o campo, o capital penetra o espaço, reorientado-o sob sua estratégia ininterrupta de generalização da propriedade privada, como expressão da propriedade privada da riqueza. Nesta perspectiva a terra-mercadoria é o lastro em que se estrutura a origem, desenvolvimento e manutenção das contradições deste modo de produção no campo. O materialismo histórico dialético se apresenta como o método estruturante desse estudo e o espaço, um produto histórico, uma projeção da sociedade através das relações de produção contraditórias desiguais e combinadas. O caminho da reflexão aqui apresentado abre-se para análise da (re)produção do espaço, em que a terra, como condição e meio da realização da vida em todas as suas dimensões, é subjugada e tornada terra-mercadoria. É espaço apropriado privadamente associado à dinâmica da acumulação (vinculada estreitamente ao movimento do processo de (re)produção do valor), no seio da sociedade capitalista.
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