Banca de DEFESA: AKELINE SANTOS DE ALMEIDA
08/02/2018 15:41
Introdução: A doença de Parkinson é definida como uma desordem degenerativa progressiva dos neurônios dopaminérgicos nigroestriatais, acometendo 1 a 2% da população mundial acima de 60 anos. Tal patologia resulta em disfunções motoras, respiratórias, baixa qualidade de vida e depressão. As alterações motoras podem estar relacionadas as disfunções respiratórias, a baixa qualidade de vida e a depressão em indivíduos com doença de Parkinson. A realização de exercícios físicos minimiza e retarda a evolução dos sinais e sintomas motores em sujeitos com doença de Parkinson, proporcionando aumento da função motora e possível melhoria da capacidade física, respiratória, qualidade de vida e depressão. Dentre os exercícios físicos, o treinamento funcional e o exergame são modalidades novas no treinamento físico de indivíduos com doenças neurológicas, demonstrando resultados significativos na melhora da função motora. Objetivos: (1) revisar sistematicamente a literatura sobre a influência dos exercícios físicos na função respiratória em indivíduos com doença de Parkinson; (2) Verificar a influência da função motora na capacidade respiratória, no estado percebido de qualidade de vida e de depressão; (3) avaliar e comparar os efeitos do treinamento físico com exergame e do treinamento funcional na capacidade respiratória; (4) avaliar e comparar os efeitos do treinamento físico com exergame e do treinamento funcional na capacidade motora, estado percebido de qualidade de vida e de depressão. Resultados: (1) Não é possível afirmar que os exercícios físicos promovem aumento na capacidade respiratória em indivíduos com doença de Parkinson; (2) Evidenciou-se que a função motora influencia negativamente a percepção da qualidade de vida e a capacidade respiratória; (3) Foi observado que o grupo exergame e o grupo treinamento funcional aumentaram a força dos músculos respiratórios e a distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos após a intervenção. Porém quando comparados com o grupo controle, somente a força muscular inspiratória nos indivíduos que realizaram exercícios com exergame foi diferente. Constatou-se também que o grupo controle diminuiu o fluxo expiratório forçado médio após a intervenção; (4) Verificou-se que o treinamento físico com exergame e o treinamento funcional aumentaram a função motora, percepção da qualidade de vida e diminuíram o estado percebido de depressão em sujeitos com doença de Parkinson. Já a percepção de qualidade de vida diminuiu no grupo controle após 1 mês da não realização de exercícios físicos. Conclusões: Não é possível afirmar que os exercícios físicos promovem melhora na capacidade respiratória em indivíduos com doença Parkinson. Também foi observado que a função motora influencia na capacidade respiratória e na percepção de qualidade de vida nesta população. E que, o treinamento físico com exergame e o treinamento funcional promoveram melhora na força dos músculos respiratórios, distância do teste de caminhada de 6 minutos, função motora, estado percebido de qualidade de vida e de depressão, mantendo o fluxo expiratório forçado médio, já no grupo controle piorou.
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