Banca de DEFESA: JOSE ADEILSON DOS SANTOS
05/02/2018 16:18
Nesta dissertação tratamos da manifestação cultural “vaquejada de pega-de-boi no mato” realizada no ambiente dos sertões nordestinos e, por conseguinte, sergipano. É própria do ambiente da pecuária extensiva, do “ciclo do couro” (século XIX), perante o processo de ocupação e povoamento da região com a criação de gado “à solta” no ambiente das áreas de “caatinga”. É secularmente compreendida como festa, cuja continuidade até os dias atuais é protagonizada pelos sujeitos sertanejos como “prática” e “representação” - categorias de análise (de Roger Chartier) que nos servem de referências teóricas para este estudo. O objetivo do mesmo é a apresentação e discussão do tema “vaquejada de pega-de-boi no mato”, como importante expressão da cultura popular e de identidade regional dos homens do sertão. Diferencia-se de outras abordagens porque neste dá-se a apropriação do recurso teórico metodológico do gênero biográfico, permitindo sobressair-se a trajetória de um sujeito do meio rural. Trata-se do personagem José Aloísio de Matos, um octogenário vaqueiro do município sergipano de Aquidabã, conhecido pela alcunha “Doutor de Vito”, cuja história de vida é marcada como homem da atividade criatória. E como próprio desse labor, aprendeu buscar “gado” solto “nos matos”. Prática que tornou-se entretenimento de “pega” e “vaquejada de pega-de-boi no mato” e por ela, este vaqueiro alcançou o lendário e misterioso boi “Zepelim”, projetando-se de fama e para esta finalidade valorando o sentido do desafio, junto à comunidade vaqueirama.
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