Banca de DEFESA: MARIA VIVIANE DE MELO SILVA
02/02/2018 15:21
O cinema, por natureza, abstrai as pessoas da realidade. Provoca arroubos e alimenta tensões. Nesse sentido, instituições organizadas em torno de uma fé, a exemplo da Igreja Católica, desde o início do século XX, viam nas salas de cinema, seu conteúdo exibido e seus impactos sociais, como lugares que precisavam sofrer uma vigilância moral, sob pena de seus membros se tornarem pervertidos em razão do contato com filmes que não fossem adequados ao seu credo. Considerando a presença de três salas de exibição cinematográfica em Palmeira dos Índios-AL, durante as décadas de 1950- 1970, visamos entender a postura da Igreja em relação a elas, analisando a relação entre o cinema e moral cristã, numa perspectiva da história do lugar e sua transversalidade com a história cultural. A partir do estudo da recepção das películas atrelando à interferência católica, procuramos compreender como a frequência aos cines influenciou no cotidiano das pessoas e atuou na formação social palmeirense. Tendo como embasamento as premissas da História Cultural, analisamos a documentação que inclui, principalmente, o Jornal Católico O Semeador e o Jornal Juventude Palmeirense os quais contém artigos tecendo críticas ao cinema bem como periódicos, documentos oficiais, filmes exibidos na época e outros registros. Os resultados da pesquisa apontam para a disseminação da influência exercida pela Igreja Católica em relação aos filmes exibidos e ao público que frequentavam as salas de exibição em Palmeira dos Índios-AL, evidenciando sua postura vigilante e moralizadora à sociedade.
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