Banca de DEFESA: THIAGO SOUZA PIMENTEL
30/01/2018 10:00
Trata-se de um estudo de desenvolvimento metodológico, cujo objetivo foi validar o conteúdo e a aparência de uma nova versão do instrumento para a consulta de enfermagem na Atenção Básica ao indivíduo com diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Teve como marco teórico a Teoria da Intervenção Práxica em Saúde Coletiva (TIPESC) de Emiko Egry, e no percurso metodológico foi utilizado o polo teórico do modelo psicométrico de Pasquali (2010). Esse modelo sugere a divisão em seis etapas: Sistema Psicológico, Propriedade do Sistema Psicológico, Dimensionalidade do Atributo, Definição do Construto, Operacionalização do Construto e Análise Teórica dos itens. Neste estudo foi desenvolvida uma nova versão do instrumento utilizando a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem - CIPE® Versão 2015. Esta versão foi aplicada em 21 pessoas com DM2 cadastrados em uma Unidade de Saúde da Família do município de Aracaju, Sergipe, o que se constituiu na fase de pré-teste. Ao término dessa etapa, o instrumento que contava com 122 itens, passou a ter 99 itens, que foram submetidos a um painel de onze juízes para validar seu conteúdo e aparência. Os juízes avaliaram cada item quanto à sua permanência no instrumento utilizando uma escala de Likert de três pontos. Também fizeram o julgamento quanto aos critérios psicométricos de objetividade, clareza, precisão, tipicidade, simplicidade, relevância, modalidade e credibilidade. Posteriormente foi calculado o Índice de Validade de Conteúdo de cada um dos itens (IVC). Os dados foram descritos por meio de frequências simples e percentagens, quando categórica, e média e desvio padrão quando, contínua ou discreta. A validade de conteúdo dos itens neste estudo foi considerada quando IVC ≥ 0,80, conforme referencial metodológico. Os resultados mostraram que oito itens (local de trabalho protegido, serviço policial, insônia, percepção sobre si próprio, condição psicológica, distúrbios oculares, unhas cortadas e pé com bolhas) obtiveram IVC˂0,80, portanto, foram retirados do instrumento. Os demais itens permaneceram na íntegra ou com as alterações sugeridas pelos especialistas. Na validação de aparência, 100% dos juízes aprovaram o instrumento para realização da coleta de dados em pessoas com DM2. Acatou-se a maioria das sugestões dos juízes sendo desnecessária nova avaliação. Elaborou-se um guia instrucional para nortear as ações de avaliação do usuário de modo homogêneo e inequívoco pelos enfermeiros. Sendo assim, evidenciou-se que esta nova versão do instrumento possui validade de conteúdo e aparência. Se faz necessária a realização da validação de construto para torna-se uma tecnologia passível de ser reproduzida nos diversos serviços de enfermagem da Atenção Básica, com vistas a contribuir para a organização do processo de trabalho dos enfermeiros, conferindo autonomia e visibilidade a sua prática.
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