Banca de QUALIFICAÇÃO: HOSANA HAUM BARROS MECENAS
29/01/2018 10:40
Formigas cortadeiras (gêneros Atta e Acromyrmex, Hymenoptera: Formicidae) são herbívoros vorazes e por isso consideradas uma das mais graves pragas em sistemas agrícolas e florestais. Diversos métodos para seu controle já foram utilizados, como armadilhas, aplicação de inseticidas e explosivos, apresentando efeitos adversos para o meio ambiente ou saúde humana. Estudos recentes relatam que o substrato de descarte produzido pelas formigas apresenta efeito repelente a sua alimentação, em razão das mesmas evitarem contato com esse substrato, sendo um método alternativo de controle da herbivoria, além de não apresentar riscos ao meio ambiente e saúde humana. O substrato de descarte é um aglomerado composto de partículas restantes do material vegetal transportado pelas formigas operárias para o interior do ninho (onde é então incorporado à massa de fungo simbionte localizado em câmaras específicas) parcialmente consumido ou degradado, acrescido de restos de formigas mortas e do fungo simbionte não consumido e degradado. Por se tratar de matéria orgânica em decomposição, pode se tornar tóxico para as formigas e por isso é constantemente retirado dos locais onde o fungo sadio, a rainha, ovos e as larvas estão. Dependendo da espécie de formiga, o substrato de descarte é depositado em câmaras internas da colônia escavadas com esse propósito (e. g. Atta opaciceps) ou simplesmente despejado externamente em área próxima às colônias (e. g. Acromyrmex balzani). Para testar a deterrência substrato será utilizado protegendo a vegetação em forma de montículos em campo e observado se as formigas se alimentam ou repelem. Uma melhor compreensão do efeito deterrência desse substrato acarreta em uma opção viável de controle biológico em pequena escala a curto prazo e de baixo custo, possibilitando sua utilização por produtores na agricultura familiar, de subsistência ou agroecologia.
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