Banca de DEFESA: RAPHAELA AGUIAR DE CASTRO
25/01/2018 11:22
A passagem de sementes por ciclos de hidratação e desidratação permite a manutenção da viabilidade de espécies em ambientes áridos e semiáridos, com vantagens na germinabilidade e aumento de tolerância a estresses abióticos. Se espécies exóticas invasoras possuírem essa estratégia adaptativa seria mais uma vantagem sobre as nativas no processo de invasão. Dentre as invasoras, na Caatinga, destaca-se a Leucaena leucocephala. O objetivo do trabalho foi determinar se L. leucocephala possui memória hídrica nas sementes e avaliar se a hidratação descontínua confere maior tolerância aos estresses abióticos. Para tal, foi determinada a curva de embebição da espécie, onde foram determinados três pontos correspondentes aos tempos X, Y, e Z. Com esses tempos, as sementes foram submetidas aos ciclos de hidratação e desidratação com posterior análise sob estresses hídrico, salino (0; -0,1; -0,3; -0,6 e -0,9 MPa) e térmico (10 a 40 oC). Também foi realizada uma modelagem para determinar limites para ocorrência da espécie. Leucaena leucecephala não tolera déficit hídrico no solo, mesmo passando pelos ciclos. A tolerância máxima de estresse hídrico é de -1,65 MPa. A espécie é resistente à salinidade do solo e os ciclos aumentam a tolerância, nos maiores estresses, chegando a valores superiores à -2,0 MPa. Leucaena leucocephala possui ampla tolerância a mudanças de temperatura, sem diferença de 15o C à 35o C e influência positiva da passagem pelos ciclos na maior temperatura testada. Os limites de temperatura para ocorrência da leucena é amplo e demonstra a plasticidade da espécie.
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