Banca de QUALIFICAÇÃO: PAULO CARDOZO CARVALHO DE ARAÚJO
10/01/2018 09:24
Uma temática bastante consolidada no âmbito do controle da poluição industrial, volta à tona com grande enfoque na pesquisa científica mundial: a separação de dióxido de carbono de correntes gasosas, conhecida como captura e sequestro de CO2, com o objetivo de evitar o aumento da sua concentração na atmosfera terrestre, uma vez que esse poluente intensifica o efeito estufa. Nesse contexto, o uso de sistemas de captura de CO2 baseados na adsorção é foco de diversos projetos de pesquisa, todos com propósitos de conciliar a síntese de materiais adsorventes de baixo custo com o elevado desempenho na captura de dióxido de carbono. Neste trabalho, estudou-se a adsorção de CO2 pelo carvão ativado produzido a partir do endocarpo do coco (Cocos nucifera L.), o qual foi caracterizado por espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier (FTIR), fluorescência de raios-X (FRX), quantificação de grupos ácidos e básicos via método de Boehm, microscopia eletrônica de varredura (MEV), área específica de BET, análise termoanalítica, determinação da umidade e pH. Foram realizados ensaios de adsorção pela técnica volumétrica estática em uma coluna de leito fixo, com aquisição online de dados de pressão do sistema com precisão de 10-4 bar, nas temperaturas de 15, 24 e 35°C e pressão inicial de até 3,4 bar. A avaliação do equilíbrio de remoção do CO2 foi feita através da análise das isotermas de adsorção, tendo os dados experimentais exibido melhor ajuste ao modelo de Langmuir. O tempo necessário para atingir a saturação do adsorvente foi de 40 a 60 minutos, determinado a partir das curvas cinéticas, sendo que o modelo de pseudo-segunda ordem foi o que melhor se ajustou aos dados experimentais. O carvão ativado produzido apresentou uma boa capacidade de adsorção do CO2, o que pode estar associado à natureza da área superficial, e à presença de grupos orgânicos e inorgânicas aptos a promoverem interações químicas com o dióxido de carbono, mostrando-se inversamente proporcional ao aumento de temperatura do leito de adsorção, sendo a maior quantidade adsorvida encontrada de 76,0376 mg.g-1, a 15°C. Os resultados obtidos através dos ciclos de regeneração evidenciaram que a faixa de temperatura de regeneração, determinada a partir das análises térmicas do carvão, foi um parâmetro que comprovou a viabilidade do adsorvente produzido, o qual manteve a capacidade adsortiva após três ciclos consecutivos de adsorção/dessorção.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19110-7eaa891a10