Banca de QUALIFICAÇÃO: GRACIELLE SILVA SANTANA
30/11/2017 16:15
O estado de Sergipe é caracterizado por vegetação típica da caatinga, remanescentes de mata atlântica, incluindo os mangues e as restingas, muitos elementos do cerrado do Brasil central e vegetação de campos rupestres. Nestes ambientes, algumas espécies ainda são desconhecidas ou pouco conhecidas pela ciência. Dentre as espécies presentes na flora de Sergipe têm-se aquelas pertencentes à família Erythroxylaceae, onde o maior gênero existente nesta família é o Erythroxylum P. Browne. No estado, já foram registradas 17 das 116 espécies de Erythroxylum presentes no país. A espécie Erythroxylum mucronatum não possui relatos na literatura de seu uso na medicina popular, bem como estudos químicos e farmacológicos ainda não foram registrados. O presente estudo teve como objetivo avaliar a atividade antioxidante dessa espécie e realizar seu estudo fitoquímico. Foi feita a investigação da capacidade antioxidante para o Extrato Etanólico Bruto (EEB) e as fases acetato de etila (FAE), clorofórmica (FC) e hexânica (FH), através dos métodos de eliminação dos radicais DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazila), ABTS (2,2'-azinobis (ácido 3 etilbenztiazolino-6- sulfônico)) e NO (Óxido Nítrico) e o ensaio de potencial reducional de ferro (FRAP), onde foi observado que a FAE se comportou de forma semelhante ou superior ao padrão Trolox. A análise em cromatógrafo líquido de alta eficiência acoplado a espectrômetro de massas (HPLC-MS) identificou 20 compostos fenólicos presentes na FAE, dentre eles apenas um foi isolado e elucidado por ressonância magnética nuclear (RMN) de 1H e 13C. Conjuntamente, estes resultados contribuíram evidenciando que a espécie estudada é bioprodutora de compostos fenólicos e que além de ser um forte antioxidante pode apresentar ainda outros efeitos farmacológicos relacionados a tais substâncias.
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