Banca de DEFESA: JACIARA ANDRADE SILVA
16/11/2017 11:15
O estudo promovido em áreas arqueológicas funerárias reflete parte do comportamento humano diante da morte, e, sob a ótica da pesquisa bioarqueológica, são levantados dados que permitem entender mais sobre indivíduo e sociedade, através da dinâmica vista nos contextos funerários. As pesquisas realizadas na região de Xingó, entre as décadas de 80 e 90 propiciaram um rico acervo a nível artefatual e osteológico humano. O sítio Justino, classificado enquanto cemitério e habitação, é composto por mais de 160 sepulturas, depositados em longas camadas, atingindo profundidades superior a cinco metros. Dentro da pesquisa aqui abordada, foram selecionadas quatro sepulturas do sítio, determinadas pela presença de contas de vidro de origem europeia. Ao escolher tais artefatos, é lançada a proposta em utilizar adornos pertencentes a contextos funerários, para estabelecer cronologias relativas ao sítio. Para isso, são analisados indivíduos e sepulturas, para dar confiabilidade quanto ao contexto original das contas e, traçar o perfil bioantropológico dos esqueletos selecionados. No que remete aos adornos associados, é promovida uma classificação técnica e de composição para as peças produzidas no território nacional, e, às contas em vidro, fabricadas na Europa desde o século XIII, são propostas diversas classificações, dando ênfase ao período de produção, permitindo assim a atribuição de uma datação relativa ao Justino, posterior ao século XVI, ampliando assim o período de ocupação cemiterial do sítio.
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