Banca de QUALIFICAÇÃO: IGOR LARCHERT MOTA
13/11/2017 13:25
INTRODUÇÃO: A comorbidade entre a Doença arterial coronária (DAC) e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) determina maior tempo de internação hospitalar, altas taxas de mortalidade, e elevados custos de saúde. Entretanto, em pacientes com DPOC, muitas vezes, a DAC permanece sem diagnóstico e tratamento. Ademais pacientes com suspeita de DAC, apresentam subdiagnóstico de DPOC. Nesse contexto, objetivou-se avaliar a DAC concomitante com o diagnóstico de DPOC. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com 210 pacientes submetidos a uma avaliação cardiológica inicial, espirometria, cineangiocoronariografia e angiotomografia computadorizada das coronárias, divididos em dois grupos: com e sem DPOC. RESULTADOS: A DPOC foi diagnosticada em 101 (48%) indivíduos estáveis, grupo que apresentou maior frequência de lesões coronárias obstrutivas ≥ 50% 72(71,3%), multiarteriais 29(28,7%), de tronco da coronária esquerda 18(17,8%), placas ateroscleróticas mais calcificadas e maiores escore de cálcio e percentil do que os pacientes sem DPOC (p<0,0001). E quanto mais grave o estágio espirométrico da DPOC, mais grave a DAC e mais calcificadas as placas coronárias (p<0,0001). Entretanto, não houve diferenças entre os grupos quanto aos principais fatores de risco para DAC. Na análise univariada, a DPOC e o gênero masculino foram preditores de risco para DAC. Na análise multivariada ajustada a DPOC foi preditora independente de DAC obstrutiva (odds ratio 4,78; IC95% 2,21-10,34; p<0,001). CONCLUSÃO: Portadores de DPOC diagnosticados na ocasião da avaliação cardiológica apresentaram maior presença de DAC, lesões obstrutivas e calcificação coronária, independentemente, dos fatores de risco coronários. Quanto maior a gravidade da DPOC mais grave a DAC e maior a calcificação coronária.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19157-1ea35eac9d