Banca de QUALIFICAÇÃO: JOSEILDE DE SANTANA SANTOS
27/10/2017 11:57
A conjuntura política e religiosa de Sergipe, por muito tempo financiada pela agroindústria da cana-de-açúcar, deixou entre suas marcas construções arquitetônicas que testemunham como esta sociedade se configurou. Os engenhos de açúcar implantados no Brasil ainda no século XVI, representavam o poderio que circundava seu proprietário, a casa grande simbolizava o patriarcalismo rural e escravocrata sistematizado nos moldes das relações hierárquicas que compunha a sociedade açucareira. Além de fortaleza, a casa grande, senzala e seus entornos eram um espelho do sistema político, social e econômico da época, simbolizando o núcleo de coesão da sociedade do açúcar. Concomitantemente, a cultura católica cristã, praticada em templos, capelas, igrejas, oratórios e altares-mores edificados, representava o poder nobiliárquico de seus donos.
Vinculada ao campo da cultura, memoria e identidade,busca-se investigar o conjunto arquitetônico: Casa Grande (1670) e Capela (1703) do antigo engenho Dira (atualmente Fazenda Dira), localizado em Itaporanga D’Ajuda /SE, construído nos séculos XVII e XVIII e suas contribuições para o entendimento do contexto que este modelo arquitetural foi embutido, e, ajuizar seu valor histórico e artístico para o patrimônio de Sergipe.
Metodologicamente analisa-se documentos cartoriais, arquivísticos, paroquiais, tais como: escritura, registros de batismo, óbito e casamento, fotografias, inventario, a própria arquitetura, obras historiográficas,que auxiliam na compreensão e importância deste objeto de pesquisa para a sociedade do presente.
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