Banca de QUALIFICAÇÃO: KLEYFTON SOARES DA SILVA
24/10/2017 14:12
Esta pesquisa teve por objetivo investigar os efeitos de recursos pedagógicos, como modelos moleculares físicos alternativos e virtuais (Realidade Aumentada), na aprendizagem e desenvolvimento de habilidades visuoespaciais associadas às noções de Geometria Molecular. Conduziu-se a investigação do tipo experimental sob os pilares metodológicos da Engenharia Didática Clássica de Michéle Artique (1989), que resultou na concepção, realização, avaliação e validação de uma Sequência Didática fundamentada na Neurociência Cognitiva, mais especificamente, nos processos educativos que sugerem melhor aquisição, consolidação e evocação da Memória de Longo Prazo (MLP). No âmbito das neurociências, buscou-se respaldo teórico em autores como Kandel (2012), Gazzaniga et al. (2006) e Izquierdo (2011) para estudar algumas características da memória e influências externas para a sua consolidação. No campo educacional, inspirou-se na obra de Consenza e Guerra (2011) acerca dos fatores “emoção”, “atenção” e “memória” na aprendizagem escolar, bem como em princípios educativos baseados em evidências cientificas dos campos da psicologia cognitiva, educação e neurociência cognitiva apresentados pelo Science of Learning Research Centre (Austrália). Nove alunos do Ensino Médio que já haviam estudado Geometria Molecular foram submetidos a um conjunto de três atividades ao longo de 1 mês e avaliados qualitativamente quanto aos traços de memória relativos à aprendizagem anterior e posterior a intervenção didática. Os instrumentos para a coleta dos dados consistiram de diário de campo e testes. Os dados estão sendo analisados a partir do duplo movimento de teorização e de provas experimentais que permitirão generalizar as explicações dos fenômenos evidenciados dentro de um contexto cujas variáveis didáticas são controláveis. Resultados parciais revelaram que a aprendizagem por diferentes estímulos sensoriais contribuem para a recuperação da MLP; a manipulação de modelos físicos aponta erros conceituais dos estudantes, enquanto que os modelos virtuais oportunizam a correção desses erros; a aquisição de habilidades visuoespaciais com múltiplas representações é um processo lento e necessita de prática constante.
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