Nos últimos três dias, estivemos pensando juntos o Programa de Pós-Graduação, com a valiosa mediação de Flávio Senra, nosso colega coordenador de área, professor na PUC-MG. Realizamos três reuniões com o corpo docente e o representante do corpo discente do PPGCR – uma delas com a participação do Pró-Reitor de Pós-Graduação, Lucindo José Quintans Jr., e o Coordenador de Pós-Graduação,  Gladston Rafael Arruda Santos; uma reunião com o corpo discente do Programa; e ainda, reuniões paralelas da coordenação do PPGCR com o coordenador de área.

Duas coisas estiveram no foco de nossas discussões, como faces de Jano do nosso Programa: de um lado, a avaliação quadrienal 2013-2016; de outro lado, o planejamento 2017-2020. Em ambos os aspectos, o balanço de nosso trabalho foi muito positivo. Identificamos pontos vulneráveis do PPGCR, tivemos tempo e disposição para refletir com honestidade sobre algumas razões dessa vulnerabilidade e, ainda, traçamos ações para dar conta dessas demandas. Efetivamente, iniciamos um período de transição do PPGCR, que deverá se definir em diferentes etapas até o fim do próximo ano.

Duas prioridades vieram à tona, com respeito aos discentes e aos docentes do PPGCR: primeiro, a qualidade de resultados de pesquisa dos/as mestrandos/as precisa ganhar atenção. O Corpo Discente tem de não apenas produzir bem, mas publicar adequadamente seus resultados (parciais e finais) de pesquisa. Para isso, é fundamental repensarmos o currículo e o processo de orientação das pesquisas discentes. O que leva ao segundo aspecto em relevo: a produção intelectual dos docentes. Esta precisa estar vinculada a projetos  de pesquisa que efetivamente alimentem orientações, ofertas de disciplinas e publicação qualificada – que significa publicação de artigo em revistas A1, A2 e B1 da área.

Para trabalhar adequadamente esses itens, contudo, é imprescindível definir a Proposta do PPGCR, como base para o conjunto de nossas ações. O que temos por missão, valores e objetivos? Quais são nossas metas? O que nos interessa oferecer à área das Ciências da Religião e ao nosso contexto social? O que se nos evidenciou é que precisamos ajustar o foco da Área de Concentração e das Linhas de Pesquisa do Programa – porque estão difusas. Os projetos de pesquisa docente precisam ser definidos, evidenciados e dialogar entre si a partir dessa base. Trabalhar esses elementos significa tocar em questões de fundo: nosso projeto pedagógico, nosso regimento e nossa grade curricular devem ser revistos e redefinidos.

Esses são os pontos que identificamos, em unanimidade, como base para um planejamento de médio e longo prazo para o PPGCR. O recurso que teremos para executa-lo será essencialmente "humano". A resolução 25/2014/Conepe da UFS (Art. 17, § 1) especifica que um Programa de Pós-Graduação é “a forma institucional que assegura, para docentes e discentes, a associação regular e sistemática entre atividades de ensino de pós-graduação e atividades de pesquisa”. O “chão” para nossa associação se realizar é as Ciências da Religião – área que finalmente ganhou autonomia e na qual temos de buscar nossa consolidação. No mais, vamos continuar apostando nas relações de seus sujeitos: corpo docente e discente e a equipe técnica - contando com a parceria expressa da Pró-Reitoria de Pós-Graduação, colegas de pós-graduação da UFS e a Coordenação de Área da Capes.