Banca de QUALIFICAÇÃO: RODRIGO BELFORT GOMES
03/10/2017 08:50
O método direto para o ensino das línguas vivas foi desenvolvido no final do século XIX, a partir dos estudos da nova ciência, a fonética, que forneceu bases científicas para suprir a demanda dos professores por uma metodologia que fosse mais intuitiva e primasse pela oralidade. Em terras brasileiras, o método direto aportou oficialmente pela Reforma Francisco Campos, em 1931, durante o governo Vargas e essa foi a primeira vez que um método de ensino foi determinado pela legislação. A reforma que trouxe o método para o Brasil aconteceu em uma década de grandes acontecimentos no mundo, com destaque para a queda da Primeira República brasileira e o início da Segunda Guerra Mundial. Foi nesse contexto de guerra que as relações entre Brasil e Estados Unidos se intensificaram, a partir de políticas norte-americanas, como a da Boa Vizinhança, cujos impactos para a sociedade brasileira podem ser vistos até os dias de hoje. Mais tarde, em 1942, pela reforma que levou o seu nome, o ministro Gustavo Capanema ratificou o método direto como de eleição para o ensino das línguas vivas. Assim, o objetivo deste trabalho é investigar a trajetória do ensino de inglês entre o período de 1931 a 1961, frente à institucionalização do método direto e à luz do americanismo. Para tanto, faz-se necessário o estudo da legislação educacional e a análise dos livros didáticos, quanto a sua formatação e ao grau de conformidade com o método direto, em um momento de expansão do ensino da língua inglesa frente à influência cultural e econômica norte-americana, de modo a constatar a aplicabilidade do método no Brasil, a presença de livros didáticos que seguiam as determinações da lei, a verificação de uma mudança na formatação de materiais e a interferência norte-americana, nesse contexto educacional.
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