Banca de QUALIFICAÇÃO: JANAYNA BISPO SANTANA
28/08/2017 08:52
Este trabalho é resultado de uma pesquisa que teve como objetivo caracterizar o tratamento de medidas para o ensino primário em revistas pedagógicas brasileiras no período de 1890 a 1935. A partir de um mapeamento de pesquisas – que tratavam de alguma forma sobre medidas para o ensino primário – foi identificado que a maioria dos autores indicavam o método a partir das lições de coisas de Calkins (1886/1950). Por essa razão, a opção foi toma-lo como lente para o exame das revistas pedagógicas. E, para o entendimento de apropriação foi adotado o entendimento a partir de Chartier (2003). Por meio do exame feito nas revistas pedagógicas brasileiras localizadas no repositório digital da UFSC, foi identificado que de novecentos e dezesseis (916) exemplares, duzentos e dezessete (217) apresentavam orientações sobre as medidas para o ensino primário, e destas setenta e dois (72) continham referência as lições de coisas de Calkins (1886/1950), em um total de setenta e sete (77) artigos. Para atingir o objetivo proposto foram feitos dois movimentos. No primeiro, são examinados os artigos que apresentavam referência explicita a Calkins (1886/1950), seja a partir do nome do autor ou dos termos lições de coisas e noções de coisas. Já no segundo, foi tomado como base os princípios postos na obra de Calkins (18896/1950) para verificação do tratamento das medidas a partir do método intuitivo de forma implícita. Como resultados preliminares, pode-se ressaltar que medida foi utilizada nas revistas pedagógicas de duas formas: como parte do método intuitivo proposto para o ensino de saberes e como um saber matemático. Como parte dos procedimentos do método ela é orientada para o desenvolvimento da faculdade da comparação e estímulo dos sentidos, a partir da observação das semelhanças e diferenças entre os tamanhos dos objetos. Como um saber matemático está atrelado ao ensino do sistema métrico a partir de princípios das lições de coisas – baseados no uso de objetos para percepção e observação dos alunos, uso dos sentidos e modelo de aula baseado em questionamentos do professor. Além disso, é possível inferir que em determinados artigos há a imbricação do método intuitivo com princípios da escola nova nas orientações postas sobre as medidas.
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