Banca de DEFESA: SHIRLEY AZEVEDO ALMEIDA
18/08/2017 10:23
O Traumatismo Cranioencefálico (TCE) tem sido razão de discussões em institutos de saúde em todo o mundo. É descrito como um grave problema de saúde pública por afetar a população economicamente ativa. Mais da metade dos pacientes que sobrevivem, têm significantes déficits físicos, cognitivos ou alterações comportamentais com consequente impacto social e emocional às vítimas e suas famílias. Entre essas sequelas, as comportamentais são as que geram maior impacto negativo. A NRS-R investiga as principais áreas relacionadas ao TCE avaliando alterações somáticas como cefaleia, tontura e neuropsiquiátricas como funções executivas, memória, ansiedade, depressão, irritabilidade, psicoses entre outras. No Brasil são escassos os instrumentos que permitem uma avalição breve dos sintomas neuropsiquiátricos e somáticos em apenas uma só escala. Nesse sentido, o objetivo deste estudo é realizar a adaptação transcultural da “Neurobehavioral Rating Scale Revised” (NRS-R) para a língua portuguesa e cultura brasileira nos pacientes com TCE. Estudo metodológico que seguiu o modelo de adaptação transcultural proposto por Beaton e colaboradores em cinco etapas desenvolvido entre dezembro de 2015 a julho de 2017. A primeira etapa resultou em duas traduções independentes para a língua portuguesa. Após reunião de consenso com o grupo de tradutores e pesquisadores chegou-se a uma única versão considerada como síntese das traduções. Na etapa seguinte procedeu-se a retrotradução dessa síntese por outros dois tradutores independentes para a língua inglesa, o que qualificou a versão brasileira da NRS-R, com aprovação do autor da escala prof. Dr. Harvey Levin. Um comitê de especialistas avaliou a adequação do instrumento e na última etapa, foi testada a versão pré-final com aplicação em dois grupos. No primeiro grupo participaram 15 pacientes com TCE atendidos no ambulatório REVIVA do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe e o segundo, 15 sujeitos sem TCE, pareados para a faixa etária, sexo e escolaridade, sem diferença estatística entre os grupos nessas variáveis. A escala mostrou ser um instrumento válido, capaz de identificar sintomatologia neuropsiquiátrica e somática entre os pacientes com TCE. Conclui-se que a NRS-R, em sua versão brasileira é um instrumento relevante para a prática clínica e pesquisa.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19157-1ea35eac9d