Banca de QUALIFICAÇÃO: LUIS FELIPE FREIRE DANTAS SANTOS
02/08/2017 13:31
Nas últimas décadas a Arqueologia brasileira foi impulsionada pelo aumento do número de pesquisas arqueológicas, que se tornaram necessárias para a obtenção de licenças ambientais exigidas pela legislação ambiental brasileira, levando ao desenvolvimento de centros de formação profissional em diferentes regiões do país, como ao aumento de empresas e profissionais dedicados a execução destes tipos de pesquisa. Nos últimos anos a expansão do corpo técnico de instituições fiscalizadoras, como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN e a Marinha do Brasil, vem exigindo com maior frequência a realização de pesquisas arqueológicas subaquáticas, visando o dimensionamento dos riscos de impacto ao patrimônio cultural subaquático decorrentes da implantação de empreendimentos marítimos, a exemplo da implantação de portos, pontes, dragagens, entre outros. A presente pesquisa apresenta o projeto do Sítio Arqueológico Casco de Mocanguê I, pesquisa arqueológica subaquática desenvolvida na Baía de Guanabara, no município de Niterói-RJ, dentro do campo do Licenciamento Ambiental. Através da análise do contexto político em que o projeto foi desenvolvido, discutiremos os principais desafios e avanços no desenvolvimento da Arqueologia de ambientes aquáticos no Brasil, que busca identificar e salvaguardar o patrimônio submerso em nossas águas, apresentando as principais problemáticas que circundaram o processo de construção do conhecimento arqueológico. A pesquisa do sítio de naufrágio da embarcação a vapor Madeira I (Casco de Mocanguê I) é resultado de uma demanda ambiental e patrimonial, visto que o mesmo foi identificado durante a execução de um empreendimento de dragagem, que foi realizado no entorno da Ilha de Mocanguê. A pesquisa objetivou a identificação do casco soçobrado e o resgate parcial de parte das estruturas do navio, sempre utilizando como referência o Anexo da Convenção da Unesco para Proteção do Patrimônio Cultural Subaquático de 2001. Com a utilização de diferentes tecnologias no processo de registro arqueológico, geramos uma gama de dados tridimensionais da embarcação e de suas respectivas estruturas, mitigando os problemas provocados pelas condições da área de pesquisa e criando meios que facilitem a difusão e popularização do conhecimento arqueológico construído sobre o sítio arqueológico submerso.
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