Banca de QUALIFICAÇÃO: ROSANA OLIVEIRA SILVA
21/07/2017 09:58
A Igreja Católica desempenhou papéis contraditórios ao longo de sua existência e sua posição diante dos regimes de exceção fez parte de suas atuações mais incoerentes. No Brasil, não foi diferente. Durante a ditadura civil-militar, instalada em 1964, ela apresentou posicionamentos distintos em vários momentos e mesmo internamente, em sua cúpula, as posições do clero foram dúbias. Diversos matizes influenciaram nas atitudes dos clérigos frente às ações militares. A Igreja Católica sergipana não escapou a dubiedade de posicionamentos existentes em âmbito nacional, frente ao regime militar. Houve posturas favoráveis e contrárias, assim como houve num primeiro momento uma tendência a apoiar o golpe, o que não quer dizer que dentro desse apoio não houvesse também dissensões. Nosso trabalho analisa a atuação do Bispo de Propriá, Dom José Brandão de Castro, que primeiramente alinhou-se a postura de parte do clero de apoio ao golpe, mas que posteriormente se destacou como um ferrenho defensor de causas sociais e direitos humanos, motivo que o levou a ser acusado de comunista, em fins da década de 70. Desta forma, analisamos a atuação de Dom Brandão durante a vigência do regime militar, enfatizando principalmente o período em que ele foi acusado de práticas comunistas, buscando entender as circunstâncias que envolveram o episódio, sua repercussão no cenário religioso, social e político, mas também atentos às representações construídas em torno do fato, sobretudo na imprensa.
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