Banca de QUALIFICAÇÃO: SHIRLEY AZEVEDO ALMEIDA
18/07/2017 10:47
O Traumatismo Cranioencefálico (TCE) tem sido razão de discussões em institutos de saúde em todo o mundo. É descrito como um grave problema de saúde pública por afetar a população economicamente ativa. Aproximadamente 60% dos pacientes que sobrevivem, têm significantes déficits físicos, cognitivos ou alterações comportamentais com consequente impacto social e emocional às vítimas e suas famílias. Entre essas sequelas, as comportamentais são as que geram maior impacto negativo. A NRS-R investiga as principais áreas relacionadas ao TCE avaliando alterações somáticas como cefaleia, tontura e neuropsiquiátricas como funções executivas, memória, ansiedade, depressão, irritabilidade, psicoses entre outras. No Brasil são escassos os instrumentos validados que permitem uma avalição breve dos sintomas neuropsiquiátricos e somáticos em apenas uma só escala. Nesse sentido, o objetivo deste estudo é realizar a adaptação transcultural da “Neurobehavioral Rating Scale Revised” (NRS-R) para a língua portuguesa e cultura brasileira nos pacientes com TCE. Estudo metodológico que seguiu o modelo de adaptação transcultural proposto por Beaton e colaboradores em cinco etapas desenvolvido entre dezembro de 2015 a julho de 2017. A primeira etapa resultou em duas traduções independentes para a língua portuguesa. Após reunião de consenso com o grupo de tradutores e pesquisadores chegou-se a uma única versão considerada como síntese das traduções. Na etapa seguinte procedeu-se a retrotradução dessa síntese por outros dois tradutores independentes para a língua inglesa, o que qualificou a versão brasileira da NRS-R. O grupo de especialistas avaliou a adequação do instrumento e na última etapa foi testada a versão pré final com aplicação em dois grupos, além do MINI versão brasileira utilizado como padrão ouro para avaliar a presença da sintomatologia neuro psiquiátrica. No primeiro grupo participaram 15 pacientes com TCE atendidos no ambulatório do REVIVA do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe e o segundo, 15 voluntários sem TCE, pareados para a faixa etária, sexo e escolaridade sem diferença estatística entre os grupos nessas variáveis. A escala mostrou ser um instrumento válido para medir em nosso meio, as alterações neurocomportamentais presentes nas pessoas com TCE. Conclui-se que a utilização de um instrumento validado da versão brasileira do NRS-R é relevante para a prática clínica e pesquisa.
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