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Banca de DEFESA: SEBASTIAO LACERDA DE LIMA FILHO
10/07/2017 13:49


Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SEBASTIAO LACERDA DE LIMA FILHO
DATA: 27/07/2017
HORA: 13:30
LOCAL: Laranjeiras
TÍTULO: SÍTIOS GRÁFICOS E APROPRIAÇÃO DE ESPAÇOS: UM ESTUDO DE CASO DO COMPLEXO RUPESTRE RIO DO PEIXE, REGIÃO DE CORONEL JOÃO SÁ, NORDESTE DA BAHIA.
PALAVRAS-CHAVES: Arqueologia ambiental; arqueologia pré-colonial; Arte rupestre; Registros gráficos
PÁGINAS: 520
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Arqueologia
SUBÁREA: Arqueologia Pré-Histórica
RESUMO:

A pesquisa em questão visa como objeto de estudo 10 (dez) sítios arqueológicos, sendo 09 de registros gráficos (08 [oito] sítios de pintura e 01 [um] de gravura) e 01 (um) de material lítico (bases fixas de pilão mais fragmentos em superfície), associado aos anteriores e intimamente ligado ao Rio do Peixe que corta toda a região de estudo. Devido a intima ligação dos sítios com a área direta do rio, considerou-se viável definirmos como Complexo Arqueológico do Rio do Peixe. Os sítios trabalhados estão localizados numa formação geomorfológica do tipo Inserberg, caracterizado e descrito como uma formação do tipo Monadnocks que apresenta uma forma residual e feições variadas tais como cristas e declives dominando uma superfície de aplanamento superior que se destaca na paisagem, agora devastada por roças, áreas de pastoreio, zona de retirada de sedimento para construção civil e também pela extração ilegal e desordenada de maciços de granito. A área de estudo em questão localiza-se na zona rural da cidade de Coronel João Sá, Nordeste da Bahia. Apresenta potencial de pesquisa pela diversidade e quantidade de sítios arqueológicos já identificados e caracterizados. Enfatizamos sua relação e localização ambiental em escalas micro e macro sítios, na busca por elementos que permitam construir e inserir os registros gráficos no que convencionalmente chamamos de escala temporal e espacial para a realidade arqueológica em apreço. Com isso, levantamos informações e adicionamos aos dados identificados in situ, sejam análises exaustivas do ambiente fisiográfico, sejam análises tecno-temáticas dos painéis rupestres, o que nos proporcionou reflexões e possibilitou rastrear diferentes elementos para identificação dos prováveis grupos que devem ter interagido na área de pesquisa em apreço e resgatando as relações dos mesmos com o meio. Destacamos que a escolha da área em particular como proposta de trabalho de tese esteve condicionada também pela total ausência de estudos sistemáticos sobre essa cultura material e sua dinâmica ambiental. A necessidade de identificação de elementos culturais e sua relação com grupo(s) fixado(s) no local em períodos pretéritos, mas também recentes, nos levou a elaborar esse estudo e as proposições nele decorrente. Outro argumento pela escolha da região e do tipo de cultura material e vertente de análise, estar intimamente ligada a necessidades de estudos de caráter ambiental e ecológico frente ao registro arqueológico analisado. Mesmo porque é nos habitats, nos nichos ecológicos e na complexidade ambiental que os grupos humanos constroem cultura e onde as relações sociais são elaboradas e também difundidas. Entendemos que esse trabalho consiste, acima de tudo, numa documentação de vestígios expostos a uma diversidade de fatores degradantes e que estão sujeitos ao desaparecimento gradual e linear. Uma vez que o mesmo atua como ponto de partida para outras pesquisas necessárias nessa região e em áreas circundantes, ampliado o quadro de ocupações na Faixa de Dobramentos Sergipana e diversificando os dados sobre as ocupações em território baiano e áreas adjacentes. A opção por esse objeto de estudo em particular, está atrelada ainda a necessidade de estudos tecno-estilísticos para compreensão da dinâmica de grupos, e sua relação direta com esse referido ambiente, e como questão chave, temos a necessidade de inserção e caracterização dos conjuntos gráficos como pertencente a uma tradição arqueológica em particular, nesse caso cogitamos a hipótese inicial que os mesmos conjuntos, pertençam à tradição São Francisco, pela ampla presença dos elementos característicos da mesma, pela proximidade onde conjuntos dessa natureza já foram identificados e estudados na realidade baiana, pelo tipo de formação e localização dos painéis, pela presença de grafismos emblemáticos dessa tradição em particular e, por sua localização e distribuição espacial nos suportes e no meio biofísico. Por necessidade de alavancar estudos em uma região promissora do ponto de vista arqueológico e também pela possibilidade e qualidade dos dados para ampliar questões sobre ocupação de zonas e nichos ecológicos em particular, segregação de ecossistemas e também diversificar o quadro de dados sobre as mais variadas ocupações do nordeste da Bahia. Entre as justificativas da pesquisa, destacam-se: 1 (primeiro). Trata-se de uma área praticamente nunca pesquisada e carente de estudos sistemáticos sobre a confecção, interesses, bem como, escolhas e identidade dos grupos responsáveis; 2 (segundo). Necessidade de construção de um contexto arqueológico para a área em apreço, bem como, situar e relacionar a mesma com outras zonas promissoras já densamente estudadas na Bahia, como um todo e também no NE brasileiro; 3 (terceira). Necessidade de identificação de elementos tecno-temáticos, padrão de cognoscibilidade, diferenças e similaridades dos painéis encontrados. A problemática de pesquisa é construída a partir do pressuposto de que a escolha de locais para fixação, prática gráfica, reapropriação ou utilização como áreas de passagem, não é algo feito ao acaso, muito pelo contrário, são escolhas detalhadas, áreas vistoriadas por apresentarem possibilidade de interação grupal, e por permitirem condições para que as escolhas e a cultura possa ser desenvolvida ou ampliada em uma constante dinâmica com o ambiente e com os mais variados e diversificados contextos ecológicos. Isso nos leva a pensar o porquê da escolha desses marcos na paisagem, em detrimento daquele outro ou de outros. Levantada a problemática de trabalho, destacamos que temos como objetivo geral de pesquisa, alcançar dados que contribuam na identificação da identidade de grupos pré e pós-coloniais que habitaram a região nordeste da Bahia, especificamente a área de Coronel João Sá, contribuindo para a ampliação dos estudos de arqueologia regional e incentivando a aplicação dos pressupostos téoricos-metodológicos oriundos da arqueologia ambiental e da vertente da ecologia cultural e humana. Amplia-se o quadro hipotético desse trabalho, com outras duas proposições que deverão ser somadas a hipótese inicial. A primeira propõe que as pinturas rupestres do Complexo Rio do Peixe (09 sítios de registros gráficos), localizados na alta, média e baixa vertente, pertence à Tradição São Francisco. Fundamenta-se isso, pela proximidade geográfica onde os elementos característicos da mesma, foram definidos por autores como Prous (1992/1997), Lima Filho (2010/2011/2013), Kestering (2001/2003/2007), Ribeiro (2014), Silva (2011), Ribeiro (2007), Baeta (2010), pelo tipo de pigmentação utilizada, pelo padrão de cognoscibilidade ou mapa mental de confecção, pelo tipo de temáticas encontradas, pelos grafismos emblemáticos da tradição em apreço, e pelo tipo de feição e suportes escolhidos para a prática gráfica em geral. A segunda, é que toda essa região, composta não apenas pelo complexo geomorfológico acima mencionado, pode ter sido utilizada por expressivos períodos de tempo e que podem ser atestadas pelas evidências materiais, identificadas na área direta dos sítios e entorno, e também pela sua reutilização em tempos históricos para práticas do catolicismo tradicional com cultos religiosos in situ. Isso nos faz pensar numa continuidade e uso do espaço que poderá ser corroborada com as analises inter e extra sítios. Nesse aspecto, toda a variedade cultural intencional ou não, bem como, os elementos naturais e paisagísticos, ganham relevância e fundamentam as reflexões advindas das análises.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3094421 - SUELY GLEYDE AMANCIO MARTINELLI
Interno - 2579327 - OLIVIA ALEXANDRE DE CARVALHO
Interno - 1819301 - MARCIA BARBOSA DA COSTA GUIMARAES
Externo à Instituição - SUELY CRISTINA ALBUQUERQUE DE LUNA
Externo à Instituição - CRISTIANA DE CERQUEIRA SILVA SANTANA
Externo à Instituição - ANA LUCIA DO NASCIMENTO OLIVEIRA

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