Banca de QUALIFICAÇÃO: IZAIAS DOS SANTOS GOES GOMES
21/06/2017 16:52
RESUMO: A pesquisa tem como proposta investigar o problema do mal e sua dimensão religiosa a partir da perspectiva de Sto. Agostinho. Trata-se de uma pesquisa de natureza bibliográfica a qual pretende formular uma crítica a ontologia do mal observada por Agostinho na sua refutação ao maniqueísmo. O mal é um problema filosófico-teológico discutido por muitos autores em quase todos os períodos da história da humanidade, isto é, tem preocupado pensadores das mais diversas áreas – teólogos, filósofos, místicos e outros os quais procuram respostas a essa questão. No final do século IV da era cristã surge no seio da Patrística um forte embate doutrinal caracterizado por uma controvérsia entre a doutrina maniqueísta e o pensamento de Sto. Agostinho, sobre a origem e natureza do mal. Naquele momento, a doutrina maniqueísta tinha por base a tese cosmológica, onde descrevia que o universo cósmico foi criado e regido por dois princípios existentes desde a eternidade, a saber, o Bem e o Mal. Essa doutrina religiosa maniqueísta que surgiu no século III da era cristã estava estruturada e amplamente difundida no século IV. Em meio a este cenário religioso surge Agostinho (354- 430), que se envolveu profundamente na disputa filosófica-teológica a respeito da natureza do mal, tema esse, que suscitava fervorosos debates dentro e fora do mundo cristão como também nas academias da época. Ao se deparar com a doutrina maniqueísta, a princípio, Sto. Agostinho pensou ter encontrado as respostas de suas inquietações intelectuais, tais como alcançar a verdade por meio do porto seguro da razão que lhe proporcionaria satisfação às questões que trazia consigo mesmo.
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