Banca de QUALIFICAÇÃO: LÍLIAN DOS SANTOS LIBÓRIO
22/06/2017 10:32
A redução da mortalidade infantil é ainda um desafio para os serviços de saúde e a sociedade como um todo, uma vez que reflete as condições de vida da sociedade e qualidade dos serviços de saúde prestados na gestação, parto e pós-parto. A identificação de fatores de risco que estão associados com a mortalidade da primeira infância é importante para ajudar na redução das altas taxas em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Nesse estudo, objetivou-se analisar os fatores de risco e a evolução de recém-nascidos com condições de risco de vida ao nascer, através da identificação de morbidades maternas, complicações pós-parto e avaliação dos fatores de assistência pós-parto. Para tanto, foi realizado um estudo de coorte com ênfase no desfecho para o óbito infantil. Inicialmente os recém-nascidos foram selecionados através de critérios de risco de vida ao nascer pré-determinados após a avaliação de todos os prontuários dos nascidos vivos das grávidas internadas para parto, de março a setembro de 2015. Após essa identificação, foi realizada a coleta de informações por meio de entrevistas com as mães dos neonatos e verificação dos prontuários e cartões das gestantes, sendo acompanhada a evolução desses bebês durante a internação até o 6º dia completo de nascimento e pelo Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) até um ano. Para a análise dos dados, foi utilizada a estatística descritiva, por meio de frequências absolutas e relativas, medidas de tendência central e variabilidade. As associações foram avaliadas por meio do teste do Qui-Quadrado, o teste t de Student, o teste Mann Whitney e o teste Exato de Fisher com nível de significância α = 0,05. Em seguida, foi realizada análise de regressão logística, contemplando as variáveis, com o p <0,05. A análise multivariada foi feita com as variáveis pré-selecionadas na etapa anterior, de acordo com a hierarquização apresentada no modelo conceitual. O critério estabelecido nesta etapa de análise para que as variáveis permanecessem no modelo foi de p < 0,05. Assim, 144 bebês nasceram com alguma das condições de risco definidas por essa pesquisa, destes 50 evoluíram para óbito até 364 dias de nascimento. Foi observado que existiu maior risco de óbito infantil nos bebês submetidos a internação em UTIN (RR=3,79), que foram reanimados (RR=3,79) e que receberam hemotransfusão (RR=2.86). Podemos concluir que características assistenciais como internação em UTIN, reanimação e uso de hemotransfusão foram fatores significativamente associados a mortalidade infantil.
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