Banca de DEFESA: MARINA SALLOVITZ ZACCHI
01/06/2017 15:32
A pesquisa está voltada à prática do antropólogo nos quadros do Estado, às distensões que se processam na apropriação e instrumentalização do arcabouço teórico conceitual da antropologia para a elaboração e implantação de uma política pública brasileira voltada à proteção e promoção do patrimônio cultural de natureza imaterial, de que tem sido dito ser orientada pelo princípio antropológico de cultura. Inicialmente, busco proceder a uma arqueologia da noção de bem cultural, propondo que esta deva ser entendida segundo as sucessivas camadas de discursos e práticas com que foi sendo delineada e que informam os usos que dela são feitos ainda em tempos atuais, refletindo acerca dos modos porque a vinculação entre patrimônio cultural e identidade situa o lugar da diferença em políticas de estado que apregoam a diversidade. Em seguida, com apoio em noções em que percebo os mais significativos pontos de fricção entre o arcabouço teórico da antropologia e a política de proteção ao patrimônio imaterial orientada pelo conceito antropológico de cultura sistema, interação e reflexividade abordo enquanto práticas discursivas os dossiês de registro como patrimônio cultural do Brasil de alguns bens culturais, escolhidos enquanto emblemáticos dos usos dessas noções na efetivação dessa política pública específica, buscando apontar como esses diferentes usos induzem ações de intervenção social orientadas por diferentes princípios e propósitos ou diferentes posicionamentos ideológicos.
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