Banca de DEFESA: ANA PAULA OLIVEIRA BARROS
19/05/2017 17:13
Podemos dizer que as histórias em quadrinhos fazem parte de um contexto histórico e social específico e são produzidas por sujeitos históricos situados, e assim colaboram com os valores que permeiam determinada sociedade. Por isso, devemos sempre fazer uma leitura crítica das HQs, analisando-as enquanto linguagem e levando sempre em consideração os discursos, sejam eles hegemônicos ou não, ali inerentes. Assim, sendo a HQ um dos principais produtos da Indústria Cultural e espaço privilegiado de comunicação não verbal, ela torna-se uma rica referência de construção da imagem da mulher, que muitas vezes acaba reificando o corpo e a sexualidade feminina com o intuito de satisfazer o gênero masculino. É importante também lembrar que as personagens femininas de quadrinhos foram durante muito tempo idealizadas por homens e para homens, de acordo com o seu discurso acerca do que é ser mulher, construindo seus corpos de acordo com expectativas masculinas. Desta forma, a pesquisa aqui proposta tem por interesse estudar os discursos relacionados ao corpo e a sexualidade feminina presente nas HQs. Para isso, primeiramente, o trabalho tratará do processo de construção do corpo da mulher como um objeto sexual e mercadológico por meio do olhar e do discurso masculino. Em seguida, levando em consideração que a HQ é um elemento da Indústria Cultural, esta será tratada como um dispositivo do “biopoder” para o controle da sexualidade e do corpo da mulher. E, por fim, haverá a análise dos discursos, principalmente os imagéticos, relacionados ao corpo e a sexualidade feminina, tanto os presentes nas HQs produzidas por homens quanto por mulheres.
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