Banca de DEFESA: DANIEL FRANCISCO DOS SANTOS
16/05/2017 10:32
presente estudo analisa as possíveis relações entre o conceito freudiano de inconsciente e o conceito benjaminiano de história. Tal análise tem por objetivo perseguir a seguinte pergunta norteadora: é possível o “inconsciente histórico”? Na busca deste inconsciente da história, mostra-se que não só a psicanálise pode ser aplicada à história, como também ela própria tem uma perspectiva peculiar da história. A perspectiva psicanalítica da história pode ser vislumbrada, pelo menos, de duas maneiras distintas: a partir do problema da filogênese e do mecanismo de distorção. A primeira possibilita pensar um tipo de desenvolvimento marcadamente histórico, enquanto a segunda permite pensar a própria história como distorção. Destes desenvolvimentos da psicanálise são extraídos aspectos que possibilitam pensar os elementos oníricos presentes na concepção de história de Walter Benjamin. A consideração da influência do contexto histórico no inconsciente bem como da possibilidade de um canal temporal através das neuroses, dos sonhos e das lembranças encobridoras pode franquear o acesso aos conteúdos de épocas passadas, os quais foram conservados, segundo Freud, mediante fixação no inconsciente. Por sua vez, a consideração acerca da presença de tais conteúdos do passado no inconsciente pode lançar luz sobre importantes aspectos da crítica benjaminiana da história.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19130-f2d2efc73e