Banca de DEFESA: THALES BRANDÃO FERREIRA
02/03/2017 07:42
Apesar da modernização do varejo e crescimento urbano, as feiras livres continuam sendo um espaço de sociabilidade em uma dinâmica econômica, social e cultural. O problema central de pesquisa foi entender se as interações comunicacionais adotadas pelos feirantes de FLV (frutas, legumes e verduras) tem influenciado à percepção dos fregueses sob o composto mercadológico, na feira livre de Paripiranga-BA. A feira da cidade acontece às terças e sextas feiras e a configuração desse trabalho limitou-se a pesquisar os feirantes e fregueses que circulam no comércio no início da semana, ou seja, às terças-feiras. A hipótese fundamental do trabalho, orientadas aos feirantes que comercializam frutas, legumes e verduras foi devido à preferência dos fregueses por feiras livres, terem a crença de que os alimentos ali comercializados são sempre frescos e de qualidade superior, além de negociáveis. Esse espaço do comércio é geralmente o coração da feira, local de maior fluxo de fregueses e com um elevado grau comunicacional e mercadológico. A justificativa para estudar esse comércio ao ar livre provém da sua representatividade histórica por meio de elementos simbólicos que traduzem a memória e valorização cultural da região, destacando também a movimentação comercial, pois a cidade fica localizada na divisa entre Sergipe e Bahia, reunindo assim, um grande número de feirantes das regiões circunvizinhas dos dois Estados. O objetivo principal da pesquisa foi avaliar as interações comunicacionais dos feirantes FLV (frutas, legumes e verduras), no ponto de venda, a partir da percepção dos fregueses diante do composto mercadológico, na feira livre da cidade de Paripiranga-BA. Para esse recorte foi adotado referencial teórico da administração mercadológica (conceito do marketing, valor para o cliente, composto de marketing, commodities e marketing de serviço) e comunicação (questões de interações comunicacionais: popular, verbal e não verbal). Em termos metodológicos, foram realizadas as técnicas de observação participante e entrevistas. Tratou-se de um estudo etnográfico que durou 15 meses sobre as práticas mercadológicas e comunicacionais de 8 (oito) feirantes com olhar da antropologia (sociabilidade, fotografias e anotações em diários de campo) e uma análise do comportamento de consumo de 65 (sessenta e cinco) fregueses. Os resultados obtidos por meio de observação, diálogo com os feirantes e registros de imagens revelaram que a comunicação verbal através da oralidade se torna mais evidente no processo de negociação, modificando a maneira de se comunicar, se organizar e vender, pelo fato de os produtos comercializados no segmento de FLV (frutas, legumes e verduras) não serem frescos devido ao deslocamento dos feirantes para outras feiras.
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