Banca de DEFESA: BRUNO VITOR DE FARIAS VIEIRA
15/02/2017 18:03
A “Arqueologia Pública” é um dos segmentos em constante crescimento desde a sua origem em meados da década de 1970. Essa, desde então, passou a integrar discussões, protagonizar debates que alternam sobre o papel social do arqueólogo, a preservação dos sítios, a inserção da sociedade nos trabalhos científicos e o próprio futuro desta ciência/disciplina. Perpassando contradições quanto à definição de seu “público”, os teóricos deste segmento têm enfatizado que “toda Arqueologia, independente de seu recorte temático ou escolhas teórico-metodológicas, deveria ser, em essência, pública” (CARVALHO; FUNARI, 2007). Desse modo, passando da compreensão de uma arqueologia do estado: o “defensor do patrimônio” e o “representante da sociedade”, para uma Arqueologia das “pessoas, do público e para o público” (idem). Conecta-se a essa discussão a inserção do contexto da Arqueologia da Escravidão no sudeste do Piauí e como essas relações, atualmente, compõem a memória e história local acerca desse cotidiano do passado e sua ressonância no presente. Seguindo tais reflexões, esta pesquisa, objetiva apresentar um estudo sob o viés da Arqueologia Colaborativa, com os habitantes da Comunidade Lagoa de São Vitor, localizada no sudeste do Piauí, na identificação e caracterização dos espaços constituintes do antigo “Complexo Produtivo Fazenda São Victor”. Os resultados compreenderam a localização de seis espaços de convívio entre os diversos atores que ali se estabeleceram: a casa-sede, o curral, a senzala, a lagoa, o cemitério dos escravos e a vila de escravos libertos, estes locais caracterizaram-se a partir da interpretação da ciência e da sabedoria popular da comunidade, construída a partir de relações colaborativas de respeito mútuo.
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