Banca de DEFESA: LUANA PEREIRA LIMA
06/02/2017 15:30
Os ambientes costeiros são complexos devido sua dinâmica natural, fragilidades e os múltiplos interesses socioeconômicos. São ambientes peculiares e de caráter diferenciado, que devem ser considerados em sua singularidade, e necessitam de atenção especial para um correto planejamento e gestão. A nova racionalidade de ocupação dos ambientes costeiros associa a demanda de uma sociedade de lazer a uma demanda por zonas de trabalho e habitação. Diante disso, há a necessidade de estudos que apresentem propostas de ordenamento ambiental visando um equilíbrio entre o uso e manutenção dos recursos naturais. A proposta desse estudo foi analisar de forma integrada a dinâmica ambiental e socioeconômica da planície fluviolagunar associada ao rio Betume na perspectiva do ordenamento do uso e ocupação do solo. Para tanto adotou-se a abordagem sistêmica como caminho de investigação da paisagem, afim de possibilitar o entendimento da realidade local e assim propor um zoneamento resultante da aplicação da metodologia pressão-estado-impacto-resposta. Os procedimentos metodológicos adotados para sustentação da temática investigada consistiram em revisão bibliográfica, pesquisa documental, trabalhos de campo e elaboração de documentos cartográficos, os quais no conjunto, subsidiaram a análise integrada das dimensões ambiental e social culminando em uma proposta de zoneamento. A planície formada por depósitos fluviolagunares associada ao Rio Betume tem uma evolução geológico-geomorfológica desenvolvida a partir de eventos de transgressões e regressões marinhas do Quaternário e encontra-se inserida entre cordões de dunas em terraços marinhos e paleofalésias do Grupo Barreiras. Sua estrutura aponta um nível de fragilidade ambiental acentuado. Em contrapartida os usos atribuídos a esse ambiente tem apresentado crescimento, a saber: atividades e interesses voltados para o turismo; atividades econômicas primárias de pesca, carcinicultura, pastagens, agricultura e atividades de extrativismo vegetal. O nível de ocupação está distribuído de forma irregular, assim como a intensidade de modificação e degradação. Neste sentido, O zoneamento, oriundo dos diagnósticos ambiental e socioeconômico, propõe orientações de uso e ocupação do solo visando a sustentação da qualidade ambiental.
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