Banca de DEFESA: JULIANA MORAES SOUZA ARAUJO
03/02/2017 10:56
As coberturas comestíveis são boas alternativas para auxiliar a conservação de alimentos, pois atuam como barreira a gases e vapor de água, diminuindo a degradação e aumentado a vida de prateleira dos mesmos. O presente trabalho teve como objetivo elaborar diferentes formulações de coberturas comestíveis de quitosana e fécula de mandioca incorporadas com o óleo essencial de Lippia sidoides (alecrim-pimenta) e extrato da casca de romã e avaliar o efeito das mesmas na vida de prateleira de tomates. Inicialmente, os extratos foram obtidos utilizando como solventes água destilada e metanol, em concentrações que variaram de 40 a 80% e juntamente com o óleo essencial foram avaliados quanto a atividade antimicrobiana pela técnica de difusão em discos e as a concentração inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida mínima (CBM) foram também determinadas frente as bactérias Bacillus cereus, Bacillus subtilis, Enterococcus faecalis, Serratia marcescens, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus e Escherichia coli. As bactérias gram-positivas foram as mais sensíveis aos extratos da casca de romã, destacando-se o extrato em metanol 60% o qual inibiu com o maior halo de inibição (17,0 mm) a E. faecalis. Já para o óleo essencial, todas as bactérias testadas foram extremamente sensíveis com halos de inibição entre 30,0 e 55,0 mm, sendo mais sensível a P. aeruginosa. A CIM do óleo essencial foi de 25 μL/mL para a E. coli e para as demais bactérias testadas foi de 50 μL/mL. Já o menor valor de CBM foi de 50 μL/mL para E. faecalis e B. cereus, sendo para as demais bactérias de 100 a > 400 μL/mL. A seguir, foram preparadas 16 formulações de coberturas comestíveis contendo 1% de fécula de mandioca e variadas concentrações de quitosana (entre 1 e 3%), óleo essencial (entre 0,25 e 1%) e extrato da casca de romã (entre 0,5 e 2%). Os tomates foram revestidos com cada formulação e armazenados por 12 dias a 25°C. Nos dias 1, 4, 8 e 12 retirou-se amostras de 10 tomates onde foram realizadas as seguintes análises: perda de peso, pH, acidez, teor de sólidos solúveis, firmeza, cor (L, a*, b*, c e H), contagem total de bactérias aeróbias mesófilas e contagem de bolores e leveduras e coliformes termotolerantes a qual foi realizada somente nos dias 1 e 12 de estocagem. Todas as amostras estavam dentro dos padrões de qualidade microbiológico pois apresentaram contagens máximas de bactérias totais, bolores e leveduras da ordem de 10³ UFC/g e coliformes termotolerantes <3,0 NMP/g. Os tomates revestidos com as formulações 2 (0,5% quitosana, 0,25% óleo e 0,5% extrato) e 11 (2% quitosana, 0,5% óleo e 1% extrato) demonstraram os melhores resultados em relação as análises físico-químicas, como a redução da perda de peso, manutenção da firmeza, retardo no amadurecimento e escurecimento do fruto, e mantiveram boa aparência durante os 12 dias de estocagem.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19130-f2d2efc73e