Banca de DEFESA: MYKAEL MORAIS VIANA
03/02/2017 14:18
A presente pesquisa objetiva analisar o conceito de coisas indiferentes no pensamento de John Locke (1632-1704). Defendemos que esse conceito é o argumento chave na tese da separação entre Estado e religião. Essa hipótese nos permitirá compreender porque Locke limita a tolerância, excluindo ateus e papistas da sociedade, além de não defender o direito à liberdade de consciência como fundamento da tolerância, optando pelo fundamento político, em detrimento do moral ou teológico. Através de uma análise estrutural do texto, apoiada em comentadores conceituados, pretendemos mostrar o lugar do conceito de coisas indiferentes no pensamento político de Locke. Isso nos permite entender melhor as principais mudanças entre seus textos de juventude e maturidade, sobretudo no que diz respeito ao tema central em questão. Partiremos de uma análise dos Opúsculos sobre o governo, dos Ensaios sobre a lei de natureza e do Ensaio sobre a tolerância determinando a extensão e o posicionamento de Locke sobre tema das coisas indiferentes, para depois analisarmos a Carta acerca da tolerância e os Dois tratados sobre o governo, com o intuito de delimitar o escopo da nossa pesquisa. O Ensaio sobre o entendimento servirá como auxiliar para as questões ligadas à fé e ao conhecimento de Deus, o que para Locke vem a ser importante quando ele se depara com os ateus e também com os católicos. A pesquisa está organizada em sete tópicos, onde abordamos de forma cronológica as ideias e argumentos do nosso autor acerca do tema das coisas indiferentes e seu lugar no conceito de tolerância.
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