Banca de DEFESA: JULIANNA KARLA SANTANA ANDRADE
30/01/2017 14:19
A própolis tem atraído o interesse nas últimas décadas devido às várias propriedades funcionais, atribuídas à presença de substâncias bioativas, com o intuito de melhorar a saúde e prevenir doenças. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi determinar o conteúdo de compostos bioativos presentes em diferentes variedades das própolis brasileiras do estado de Alagoas e Sergipe: marrom (Hyptis divaricata), verde (Baccharis dracunculifolia) e vermelha (Dalbergia ecastophyllum), através de diferentes métodos de extração e obter pós a partir dos extratos das própolis por meio do processo de atomização por spray-drying. Foram determinados nos extratos e nas micropartículas das própolis o conteúdo de compostos fenólicos, flavonóides e atividade antioxidante (DPPH, ABTS + , FRAP, ORAC). O perfil cromatográfico dos extratos e das micropartículas foi obtido a partir do sistema Ultra Fast Liquid Chromatography. A partir do sistema LC-MS/MS, no modo MRM, foi realizada a identificação e quantificação dos compostos bioativos presentes nas amostras dos extratos e micropartículas das própolis. Além disso, as micropartículas foram avaliadas quanto à sua morfologia (MEV, tamanho das partículas, DRX, FTIR), caracterização (umidade, atividade de água, solubilidade e higroscopicidade), eficiência de encapsulação e retenção dos compostos bioativos. Os resultados revelaram que os extratos e as micropartículas de própolis apresentaram um alto conteúdo de fenólicos totais, flavonóides e atividade antioxidante. A maltodextrina e a goma arábica mostraram-se ser um eficiente adjuvante de secagem, conferindo uma boa eficiência de encapsulação (70-79%). As micropartículas apresentaram formas esféricas com superfícies extremamente lisas, com características amorfas, baixa atividade de água, umidade e higroscopicidade, alta solubilidade e boa retenção dos compostos bioativos. Quanto à identificação e quantificação dos compostos fenólicos presentes nas amostras, constata-se a riqueza da composição química, o que traz perspectivas para utilização dos extratos e das micropartículas em formulações farmacêuticas e na elaboração de novos alimentos funcionais.
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