Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA AMENILDES SILVA LIMA
16/01/2017 10:07
Recente profusão de novos papéis profissionais do farmacêutico e mudanças nas práticas da enfermagem têm sido descritas mundialmente e exercem impacto no tipo de cuidado provido e nas formas de sua provisão O interesse deste estudo é a ideia de papel clinico, que, apesar de ser uma expressão comumente usada no cotidiano, é pouco explorada em termos conceituais. Este estudo teve como objetivo desenvolver o conceito de papel clínico do farmacêutico. A Metodologia de Análise Qualitativa de Conceito fot aplicada em suas trés fases: Identificação dos Atributos, Verificação dos Atributos e Identificação das Manifestações do Conceito. Na pnmeira fase, os atributos abstratos e universais do conceito foram identificados, utilizando-se a Análise Crítica da Literatura, que resultou no estudo de 24 publicações. Na segunda fase, aplicou-se a Teoria Fundamentada nos Dados para verificar os atributos do papel clinico na expenência do farmacêutico. Nessa fase, realizou-se estudo com sete farmacêuticos assistenciais do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo Os dados foram coletados por entrevistas abertas, que foram analisadas e interpretadas em categorias inter-relacionadas, com a derivação de um modelo teórico da experiência do papel dinico do farmacêutico. Na terceira fase, os dados das fases anteriores foram comparados e Integrados, possibilitando a proposição teórica do conceito. Os resultados da análise evidenciaram que papel clínico do farmacêutico é um processo psicossocial resultante da interação do farmacêutico com o paciente, com o contexto e consigo mesmo. Autonomia clinica configurou-se como elemento central da interação do farmacêutico com o paciente na experiência do papel clínico O significado da experiência do papel clinico foi expresso no empoeiramento do farmacêutico pelo exercicio da autonomia clinica, que mostra o alcance de resultados manifestados na própria interação do farmacêutico com o paciente, consigo mesmo ou com o contexto. Os dados indicaram ter o paciente como o centro do cuidado, ter finalidades e intencionalidade como atributos pnncipais do papel clinico O desempenho do papel clínico requer que o farmacêutico tome posse da autonomia clinica, que a exerça nas interações e nas ações junto ao paciente e se perceba empoeirado por esse exercício. Papel clinico é uma competência que se articula como uma forma de poder, mediado pela autonomia clínica. A autonomia clinica concede ao farmacêutico o poder de pensa., de imaginar, de planejar o cuidado e de influir na saúde do paciente A análise do conceito do papel clinico contribuirá para reflexões sobre as dimensões envolvidas na prática e no ensino de enfermagem e para informar não só as políticas de ensino e de práticas profissionais, mas também as políticas de saúde.
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