Banca de DEFESA: NELSON SANTANA SANTOS
10/01/2017 07:52
Este trabalho visa estabelecer um olhar (sobretudo) histórico sobre as religiosidades judaicas vivenciadas entre 1630 e 1654, na Capitania de Pernambuco, então sob o domínio político-militar dos holandeses. Trata-se de um momento sui generis em que, ainda que por um breve interregno, foi concedida a liberdade de consciência religiosa a todos – inclusive aos judeus, àquela época perseguidos nas mais variadas partes do mundo. Neste cenário diferenciado, católicos, protestantes e judeus dividiram o mesmo espaço político e jurídico. Este verdadeiro prenúncio da tolerância religiosa atraiu diversos judeus de outros países, encorajou cristãos-novos que ali viviam a reabraçar sua antiga fé e culminou com a institucionalização da primeira comunidade judaica das Américas. Com especial inflexão sobre a participação dos cristãos-novos, o foco principal da pesquisa consiste em investigar até que ponto a liberdade de consciência religiosa e o verdadeiro cadinho cultural existentes naquela região engendraram as condições necessárias para o aparecimento de (uma) vivência(s) religiosa(s) do judaísmo diferenciada(s) das ocorridas em outros contextos históricos, bem como identificar minimamente quais seriam estas eventuais especificidades.
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