A escola, como instituição, historicamente tem sido importante espaço da construção dos processos de subjetivação. Este estudo teve como objetivo central analisar os processos de subjetivação nos alunos com

deficiência/dificuldades na escola. Para tanto, utilizou do referencial teórico Foucaultiano no qual enfatiza que o poder não é uma coisa que se detém, nem algo que emana unicamente de um soberano. Retrata uma genealogia na qual defende um poder circunscrito em uma teia de relações. Por sua vez, os sujeitos são construídos por históricos processos de subjetivação imbricados em uma complexa rede de micropoderes, que captura, normaliza e divide o homem. Esses micropoderes perpassam toda a estrutura social do homem e busca fabricar corpos dóceis, corpos manipuláveis a verdades forjadas. Assim, nas condições de possibilidade de um sujeito com capacidade de recusa e resistência, de se opor ao saber-poder e as formas de dominação desponta a problemática do campo ético, com práticas de liberdade e o cuidado de si sendo o motor que fomentará no homem uma visão mais crítica da realidade. Dessa forma, o trabalho possui natureza qualitativa e o aporte-teórico metodológico utilizado é a pesquisa-ação colaborativo-crítica numa premissa crítica-reflexiva que almeja a modificação da realidade. Foi feita em uma escola pública estadual da rede regular de ensino. Realizaram-se no total 37 visitas a escola, do período de novembro de 2015 a julho de 2016, nas quais se efetivaram momentos de observação, participação coletiva em sala de aula e trabalho com os alunos. Como instrumento de coleta de dados apresenta-se o diário de campo, o qual foi analisado com codificação aberta, segundo códigos teórico-analíticos.